Boni volta a defender ‘Sambódromo HD’ (e parece que agora vai)

Fernando Grilli/Riotur

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, anunciou uma série de medidas que pretende tomar no Carnaval do Rio. O torcedor da Beija-Flor, da qual já foi até enredo (2014), Boni repetiu ao Estadão tudo que ele defende há alguns anos. Só que agora, como conselheiro de Turismo do Rio de Janeiro, o ex-executivo de TV tem chance maior de “revolucionar” os desfiles.

Para realizar as mudanças, Boni conversa com o presidente da Riotur, Marcelo Alves, que pretende implementar as novas medidas já em 2018. Para isso, o órgão diz que buscará empresas parceiras, missão que ficará com Boni.

As mudanças são, sobretudo, estruturais.

Segue (tirado do Estadão):

“1 – A iluminação, implementada há 30 anos tem de ser trocada por lâmpadas de LED. A luz é mórbida, deixando o Sambódromo um ‘sarcófago do samba’

2 – É urgente a instalação de telões em pontos estratégicos (12 ao todo) para a exibição do desfile

3 – O som é jurássico. Boni sugere caixas mais potentes com subwoofers (responsáveis pela qualidade dos graves). ‘Depois de 30 anos, o som ainda é analógico, não digital’

4 – As letras dos sambas devem ser exibidas nos telões durante todo o desfile, em português e em inglês

5 – A segurança para se evitar acidentes (como os ocorridos no desfile deste ano) deve ser reforçada, com laudos assinados por técnicos referentes a cada agremiação”

Sobre esta última, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou inquérito para cobrar melhorias na segurança. A Riotur está entre as entidades questionadas.

A bronca de Boni com o Sambódromo é antiga. Em 2015, ao atender a reportagem do Portal da Band, ele já cobrava mudanças.

“Já são 30 anos de Sambódromo, e está na hora de modernizar isso aqui. É um teatro maravilhoso, mas tem que ser enchido de telões de led. Essa é minha briga agora, fazer um ‘Sambódromo HD'”, disse na época.

Fernando Maia/Riotur
Boni no desfile da Beija-Flor em 2014 – Fernando Maia/Riotur

Opinião do blog: As mudanças propostas devem melhorar a qualidade do espetáculo, mas além da luz e do som, é preciso transformar toda a infra em torno da Marquês de Sapucaí. Chegar ao Sambódromo é difícil. Sair, mais ainda. Para quem vai desfilar, para quem vai ver e para quem vai trabalhar. E o sinal de celular é péssimo. O meu, pelo menos, nunca funcionou direito. Imaginem a frustração do turista que, deslumbrado com a beleza plástica dos carros da Rosa Magalhães, não consegue publicar uma foto no Facebook. Isso sem falar no sistema de venda de ingressos.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

2 comentários

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  • Eu Acho que Para Melhorar o Desfile teriam que Fazer a Praça da Apoteose Acontecer…
    Foi para isso que foi Criada…..
    Trazer um Espetáculo Reto como Desfile Militar já deu….Temos que Trazer o Espetáculo para um Grande Final Valentões 30% dos pontos com uma Apoteótica apresentação tipo Show de PARINTINS..aí sim ficaria um Espetáculo a Altura do Centenário do Samba….
    Agora telão..Led..etc ..etc.
    Só vai enriquecer o Bolso de quem Alugar…

  • Nunca assisti um desfile de Escola de Samba, no Sambódromo, mas vejo no Boni, um cara que realmente pode revolucionar o espaço e modernizá-lo, que ele consiga realizar o que pretende.