Clara Nunes será enredo da Portela em 2019

A Portela já tem enredo para 2019. E é um dos mais esperados da história da escola: no próximo Carnaval, enfim, a agremiação vai homenagear a cantora Clara Nunes, um dos maiores nomes portelenses da história.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira, no perfil da escola no Facebook. Um vídeo publicado na rede social reúne depoimentos de gente importante na Portela e na música brasileira, junto de um texto escrito pelo diretor da escola Fábio Pavão e lido pela cantora Roberta Sá, sob o instrumental de Alceu Maia.

O enredo foi batizado com o título “Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar uma Sabiá”, e levará a assinatura da carnavalesca Rosa Magalhães.

A homenagem a Clara Nunes já era discutida há meses na escola, e não chegou a ser uma unanimidade, como muitos possam imaginar. Pela força da cantora, e pelo o que ela representa para a Portela e o Carnaval, o desfile já nasce favorito ao título – o 23º da agremiação.

Veja o vídeo abaixo:

As vidas da Portela e de Clara se entrelaçaram desde que a mineira se aproximou da escola, num casamento a três que rendeu pelo menos um hino imortal: “Portela na Avenida”, composta por Paulo César Pinheiro (com Mauro Duarte), a pedido da esposa, a própria Clara. A música foi gravada para o álbum “Clara”, de 1981, e contou com a participação especial da Velha Guarda portelense.

Clara já foi citada, com mais ou menos destaque, em outros desfiles da Portela, mas nunca foi a protagonista de um desfile na sua escola de coração. Em 2012, no entanto, a cantora era parte importante da apresentação que tinha a Bahia como destaque. Foi o jeito de não deixar passar em branco os 70 anos que Clara completaria se estivesse viva.

A portelense morreu em 2 de abril de 1983, aos 40 anos, vítima de complicações de uma cirurgia de varizes. A rua Arruda Câmara, onde fica a sede da escola em Oswaldo Cruz, foi rebatizada para Clara Nunes.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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