Paraíso do Tuiuti terá fantasia de manifestante do impeachment de Dilma com pato inflável

No Carnaval engajado de 2018 do Rio de Janeiro, será da Paraíso da Tuiuti uma das fantasias mais críticas – e com toque de humor.

No último setor do desfile sobre os 130 anos da Lei Áurea, uma ala representará os manifestantes que protestaram nas ruas pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, principalmente entre 2015 e 2106.

Os componentes usarão nariz de palhaço e uniforme alusivo ao da Seleção Brasileira, com um pato inflável, semelhante ao que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) exibia na Avenida Paulista durante os protestos. Nas mãos do desfilante, colher de pau e panela, usados pelos manifestantes em protestos quando a presidente Dilma fazia pronunciamentos na TV.

O que deixa a tiração de sarro com os chamados “paneleiros” ainda mais ácida é uma grande mão colocada nas costas do desfilante. Dos dedos saem cordas, que são presas aos braços e ombros dos componentes, como se esses fossem meras marionetes de alguém mais poderoso.

A gozação é apenas parte do desfile que falará sobre a escravidão e os reflexos dela no Brasil até hoje. Nesse contexto, o carnavalesco Jack Vasconcelos convida a um questionamento, que inclusive batiza o enredo “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”. A recente reforma trabalhista, por exemplo, também é alvo da crítica da escola.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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