Cancelado: Porto Alegre não terá desfile competitivo em 2018; Porto Seco teve cabos furtados

O Carnaval de Porto Alegre (RS) não terá desfiles competitivos em 2018. A decisão foi tomada após reunião entre os presidentes das escolas de samba nesta quarta-feira.

No lugar da disputa, as agremiações das séries Ouro, Prata e Bronze apenas farão celebrações, sem carros ou fantasias, em um local a ser escolhido, nos dias 23 e 24 de março. O mais provável é que essas apresentações aconteçam na avenida Borges de Medeiros, onde aconteciam os desfiles antes da abertura do Complexo Cultural Porto Seco.

A Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre e UECGAPA (União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre) divulgarão em breve uma carta explicando com mais detalhes os motivos da desistência, além de anunciar os planos para 2019.

De acordo com informações da Band RS, uma vistoria no Porto Seco, lugar dos desfiles, revelou que todos os cabos de energia elétrica haviam sido furtados – muito mais do que o estimado, acima do orçamento feito inicialmente para a nova instalação. Por conta de outros roubos, alguns barracões já estavam sem luz há meses.

Um dos motivos do cancelamento foi justamente a falta de verba para os reparos, além do pouco tempo para conseguir um parceiro para a montagem da estrutura dos desfiles. Contribuiu para o problema a desconfiança por parte de alguns possíveis patrocinadores, por conta da incerteza sobre a realização do evento.

Em dezembro último, o Porto Seco foi cedido pela administração municipal à Liga, que poderá explorar comercialmente o local com eventos e shows. No entanto, como a medida aconteceu apenas recentemente, a entidade apenas herdou os antigos problemas do complexo – incluindo a falta de energia elétrica.

Desde que o atual prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Júnior, assumiu, em janeiro do ano passado, mas escolas enfrentam sérios problemas para realizar os desfiles. A Prefeitura de Porto Alegre não repassa verba para as agremiações.

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Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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