Prejuízo da Tucuruvi com incêndio é estimado em R$ 1 milhão

Presidente da Tucuruvi, sr. Jamil, recebe um dos telefonemas de solidariedade após incêndio no galpão da escola – Amanda Perobelli/Estadão Conteúdo

Um dia depois do incêndio que destruiu 90% das suas fantasias para o Carnaval 2018, a Acadêmicos de Tucuruvi contabiliza as perdas. Não se sabe ainda a extensão exata do prejuízo, mas é estimado em carca de R$ 1 milhão – cerca de um terço do investido no desfile.

“Não temos a real proporção do estrago. Eram 25 alas. Mas estamos com alegorias muito bonitas e o brilho vai continuar. As fantasias estavam praticamente prontas, mas estamos fazendo uma reorganização para ver o que dá para colocar na avenida com qualidade”, explica Ricardo Rodrigues, diretor-geral de harmonia da escola.

A Liga SP decidiu, após reunião na última quinta-feira, que a Tucuruvi não será julgada em seu desfile. Portanto, está fora do risco de rebaixamento – duas agremiações caem para o acesso. Ainda assim, a escola se preparar para levar ao Anhembi a melhor apresentação possível. E com isso conta com o apoio da torcida.

“A maior mobilização é da comunidade, há muita força de vontade e as pessoas que amam a Tucuruvi. A maioria vem com a ajuda humana para carregar, varrer e, no momento, é a melhor ajuda”, diz Rodrigo Delduque, diretor de carnaval da agremiação.

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Além de verificar o que se salvou no galpão incendiado, o dia foi de receber a solidariedade do mundo do samba. Tanto que o telefone não parou de tocar.

“A gente teve oferta de ajuda até do interior. Fornecedores ofereceram a fábrica para a Tucuruvi, mas estamos vendo o que será preciso para cada ala e fazendo um projeto para saber o que vamos precisar”, disse o presidente da escola Hussein Abdo Elselam, mais conhecido como Sr. Jamil.

“Não foi fácil. A gente trabalha durante sete, oito meses, investe quase R$ 3 milhões e se vê sem nada. Sobrou alguma coisa e estamos reconstruindo. Não vai ter pontuação, mas vamos cumprir o horário, fazer o desfile, porque a responsabilidade é grande”, disse sr. Jamil.

(Com Estadão Conteúdo)

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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