Após gritos de ‘fora, Crivella!’ na Sapucaí, prefeito anuncia que vai ao Sambódromo

Prefeito do Rio, Marcelo Crivella – Renan Olaz/CMRJ

Um dos mistérios que rondam a agenda de Marcelo Crivella no Carnaval foi desvendado pelo próprio prefeito do Rio de Janeiro nesta segunda-feira.

Durante evento de balanço de três meses do aplicativo Taxi.Rio, o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus anunciou que vai à Marquês de Sapucaí. Só não disse quando. E fez uma ressalva: “Não vou para sambar”.

O prefeito explicou que estará no Sambódromo em missão fiscalizadora.

“Vou verificar a infraestrutura que a prefeitura colocou. Fizemos a passagem de som com êxito”, disse Crivella, que confirmou a realização de teste de bafômetro nos condutores dos carros alegóricos.

“Vamos colocar a nossa Guarda Municipal para verificar se não temos motoristas de carros alegóricos, que são carros difíceis de serem controlados, com qualquer teor alcoólico. Se beber, não vai poder dirigir”, disse. “Quero deixar avisado, porque depois vão dizer que o Crivella não gosta de Carnaval porque é crente. Não é isso, não!”, afirmou ainda.

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Crivella só não confirmou se vai participar da cerimônia de entrega das chaves da cidade ao Rei Momo. No ano passado, o prefeito chegou a marcar o ato, de forte simbolismo para o Rio, para a sexta-feira, na Sapucaí, mas não apareceu. E os filhos de Candonga, guardiões da chave, esperaram até serem avisados de que Crivella não apareceria.

Gritos de “Fora, Crivella”

A incerteza pode ter a ver com a recepção pouco amistosa prevista para o prefeito na Passarela do Samba, depois do anúncio do corte de 50% da verba para as escolas.

Uma prévia foi vista no último domingo, no próprio Sambódromo, antes dos ensaios técnicos de Portela e Mocidade. Enquanto o som ainda era ajustado na avenida, o público aproveitou para gritar “fora, Crivella!” em coro. O prefeito não estava presente.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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