União da Ilha e família do samba perdem Mestre Paulão

Mestre Paulão – Divulgação/União da Ilha

Um dos maiores mestres de bateria da história, Paulo César Teixeira, o Paulão, morreu nesta terça-feira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro.

O sambista sofreu um infarto e estava internado em um hospital da Ilha do Governador, bairro da sua escola, a União da Ilha.

O velório será realizado na quadra da União da Ilha, nesta terça. Sepultamento foi marcado para esta quarta, 18, às 14h30, no Cemitério da Cacuia.

Paulão teve uma trajetória marcada pela inovação, sobretudo na realização de paradinhas, servindo de influência para muitos outros maestros de ritmistas. Esteve no comando da bateria insulana por muitos anos, em vários, momentos. O primeiro Carnaval foi em 1981, ao lado de Mestre Bira, em apresentação que valeu um Estandarte de Ouro. O sambista voltaria a receber o prêmio do jornal O Globo em outros dois anos: 1985 e 1989.

A agremiação se pronunciou nas redes sociais com uma nota de pesar.

“A União da Ilha está de luto. Morreu nesta terça-feira, aos 72 anos, um dos maiores mestres de bateria da história da escola, o mestre Paulão. A diretoria da agremiação lamenta profundamente a perda desse ícone do carnaval carioca, e que neste momento Deus possa confortar todos os seus familiares e amigos”, publicou a União.

Rainha de bateria da União por muitos anos, à frente dos ritmistas comandados por Paulão na década de 90, a Miss Brasil 1986 Deise Nunes gravou uma despedida em vídeo, publicado na página da escola no Facebook.

“Vá em paz, meu querido. Sabes que mora no meu coração. Nós todos aqui ficaremos com muita saudade. Hoje tu és mais uma estrela que brilha no céu. Muito obrigada por tudo. Obrigada pelos ensinamentos, pela paciência, obrigada por seres União da Ilha do Governador”, declarou Deise. Veja o vídeo abaixo:

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

Adicionar comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.