Águia de Ouro fará junção de sambas, e obra do desfile terá 33 compositores

A Águia de Ouro, que está de volta ao Grupo Especial de São Paulo, tomou uma decisão no mínimo esquisita em relação ao samba da escola para o Carnaval de 2019 – e provavelmente sem precedentes na história da folia paulistana, talvez brasileira. Agremiação anunciou que desistiu de realizar a final da disputa de sambas e que fará junção das quatro obras concorrentes restantes. Isso mesmo, quatro sambas.

Com isso, o hino de 2019 será assinado por incríveis 33 autores. O número bate de longe os 25 compositores do samba da Peruche de 2018, fruto da junção de duas obras.

Em comunicado divulgado nesta quarta, a escola da Pompeia disse que a decisão foi tomada após reunião na última terça, 25.

A diretoria promete aproveitar “o que cada um dos sambas finalistas tem de melhor”.

“A direção da escola entende que a participação da nossa comunidade foi primordial e demonstrou um equilíbrio entre os sambas finalistas”, defende a cúpula da Águia.

Os sambas finalistas eram:

Samba 1: Márcio Filhos do Águia, Nando, Filosofia, Babu, Leandro B., Lula, Tuca, Jacopetti, Dico e Diley Machado
Samba 7: Fernandinho SP, Léo, Paulo Eduardo, R. Centenaro, R. Campos e Portela
Samba 10: Ivanzinho, Jairo Rodrigo Rocha, Carioca, José Sales, Zanza Simião, Silva Oliveira, Fernando S. e Waltinho
Samba 12: Rafael Prates, Russo, Amós TK, Silas, Rafa Malva, Zé Paulo, Maracá, Souza e Wagner

O enredo da agremiação para 2019 é “Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!”, de temática política, com críticas às mazelas brasileiras, principalmente a corrupção. Algo bem semelhante ao desenvolvido pela Beija-Flor em 2018.

Em tempo: Laíla, ex-diretor de Carnaval da escola nilopolitana, e que reforçou a Águia de Ouro após deixar a Deusa da Passarela, tem pelo menos uma experiência bem sucedida com junções: em 1993, o então dirigente da Grande Rio juntou três sambas para criar o clássico “No Mundo da Lua”, que ajudou a escola a permanecer no Grupo Especial.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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