Após cancelamento no Rio, São Paulo mantém desfiles em julho, mas aguarda autoridades

Liga-SP diz que escolas já receberam verba da prefeitura e que trabalhos continuam, mas só prefeitura e governo podem confirmar o Carnaval fora de época

Mocidade Alegre
Mocidade Alegre 2018 – Divulgação/Liga SP

Diferente do Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba de São Paulo, pelo menos até o momento, estão mantidos para 2021, apesar dos rumores de um possível cancelamento.

A previsão é que as apresentações aconteçam entre os dias 9 e 12 de julho, dependendo do ritmo da campanha de vacinação contra o coronavírus e das condições sanitárias. Mas a realização do Carnaval fora de época ainda depende da autorização das autoridades, informou a Liga-SP ao Setor 1 nesta quinta-feira, 21, logo depois do cancelamento dos desfiles do Rio.

Hoje mais cedo, o prefeito Eduardo Paes anunciou, pelo Twitter, o cancelamento dos desfiles deste ano no Rio, que também estavam previstos para a primeira quinzena de julho. Com isso, pela primeira vez na história a cidade não terá a apresentação das escolas de samba.

O porta-voz da Liga-SP, Jairo Roizen, informou que as agremiações seguem com os barracões funcionando, mas com número de trabalhadores limitado, e que a entidade realiza testes de Covid-19 periodicamente. Algumas escolas estão inclusive recebendo artistas de Parintins.

A ideia é manter a cadeia produtiva do Carnaval funcionando minimamente. Por enquanto, a Liga aguarda a posição da prefeitura e do governo de São Paulo.

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O contrato com a prefeitura de São Paulo já foi assinado, e, segundo a liga, as escolas receberam uma parte da verba oficial. Pelo acordo, cerca de R$ 1,2 milhão devem ser repassados até julho para cada agremiação do Grupo Especial.

Cenário diferente do Rio até o fim da gestão do prefeito Marcelo Crivella, que cortou a subvenção e se manteve distante do samba. Em São Paulo, Bruno Covas é próximo das escolas, de quem recebeu apoio durante as eleições de 2020. Além disso, o presidente da Câmara, o vereador Milton Leite, é exerce forte influência entre as agremiações.

Algumas escolas inscreveram projetos na Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. A Mancha Verde, por exemplo, conta com o patrocínio da Crefisa, que já repassou R$ 1,6 milhão à agremiação via mecanismo, de um total aprovado para captação de R$ 3,6 milhões.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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