Após desfile sem saias, carnavalesco do Império Serrano prioriza fantasia das baianas

Baianas do Império Serrano desfilando sem saia – Bruno Carvalho

No último Carnaval, o Império Serrano protagonizou uma das cenas mais tristes da história dos desfiles, ao passar pela Marquês de Sapucaí com suas tradicionais baianas sem a parte da fantasia que marca a ala desde sua criação: as saias. O episódio fez com que o novo carnavalesco da agremiação, Leandro Vieira, começasse a desenvolver o próximo desfile, sobre Besouro Mangangá, pela roupa das baianas.

“Fantasia das baianas foi a que surgiu primeiro na minha cabeça. Pensei no Império a partir da fantasia das baianas”, declarou Vieira em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 7, durante live da escola.

Relembre

Apresentação do protótipo da fantasia das baianas de 2020, chamada “Mãe imperiana mãe”, inspirada no desfile de 1983 – Acervo pessoal

Um problema na confecção da roupa fez com que as baianas imperianas dessem os rodopios sem a vestimenta, uma mancha na trajetória da escola. As saias ficaram prontas em cima da hora e entregues na concentração, na avenida Presidente Vargas, momentos antes da apresentação na sexta-feira de Carnaval.

Ao receber as roupas, os responsáveis pela ala perceberam que haviam sido feitas sem a bainha por onde é passado os conduítes, que deixam a saia armada. Temendo algum acidente – um tropeço e queda por um eventual pisão na saia -, decidiu-se desfilar sem a parte da roupa. (Saiba mais sobre o caso aqui)

O resultado, trágico, foi visto na avenida e causou comoção na comunidade do samba. Apesar do temor de um rebaixamento para a Intendente Magalhães, o Império Serrano conseguiu se manter na Série A.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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