A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio) confirmou a realização dos desfiles do Grupo Especial em 2018.
Os dirigentes das 13 agremiações se reuniram na manhã desta quarta-feira com o prefeito Marcelo Crivella, na sede da Prefeitura, na Cidade Nova, zona central da cidade. As escolas, que cogitaram não desfilar em 2018, voltaram atrás.
As escolas pedem que Crivella reveja o corte. A ideia é convencer o prefeito a diminuir o corte para algo em torno de 25%. Outra proposta na mesa é a isenção de ISS (Imposto sobre Serviço) – atualmente, a Prefeitura recolhe cerca de 5% do valor de cada ingresso vendido. A princípio, porém, a redução está mantida.
Em contrapartida, Crivella prometeu fazer o pagamento da subvenção de R$ 1 milhão de forma antecipada, um pedido antigo das escolas. Só não disse quando, especificamente. Em texto no site da Prefeitura, fala-se em “até o fim do ano”.
No encontro, ficou definido ainda que não haverá reajuste nos preços dos ingressos para espectadores. A proposta chegou a ser estudada com alternativa de compensação pela falta do recurso da Prefeitura.
Apesar do clima de confronto dos últimos dias, o blog apurou que a reunião se deu em clima de paz. Crivella convocou vários secretários municipais e o presidente da Riotur, Marcelo Alves. Também não houve cobrança por parte dos dirigentes pela promessa feita pelo prefeito em 2016, quando ainda era candidato, de que não mexeria no apoio dado ao Carnaval.
Novo “bloco”
Crivella apresentou os motivos que o levaram a decidir pelo corte, e as escolas também explicaram o impacto da redução da verba.
“Vou lutar muito para conseguir os recursos para o carnaval. Hoje, demos o primeiro passo para um acordo. Fundamos o bloco ‘É conversando que a gente se entende’. Além do Marcelo Alves (presidente da Riotur), estão comigo para ajudar vocês pessoas como o Boni, Roberto Medina e Ricardo Amaral, todos interessados em encontrar uma solução” disse Crivella, em declaração reproduzida pelo site da Prefeitura.
“Independentemente do que acontecer, todos aqui vão se empenhar em fazer um grande espetáculo. Vamos construir um grande carnaval em parceria com a Prefeitura. Estou confiante de que vamos achar uma solução”, afirmou o presidente da Liesa, Jorge Castanheira.
“O que aconteceu é que nós fomos pegos de surpresa. Num momento de junho e que todas as escolas têm seus orçamentos definidos, fazer um corte de 50% poderia inviabilizar o espetáculo. A Liesa e a Prefeitura vão fazer um esforço muito grande pra chegar a um consenso”, declarou Castanheira.
Reencontro
Uma nova reunião foi marcada para a manhã da próxima segunda-feira, dia 3 de julho. O encontro entre as escolas, que estava marcado para a noite desta quarta, foi cancelado.
As escolas ameaçaram não desfilar em 2018 por causa do corte de 50% na verba da Prefeitura. O Carnaval chegou a ser dado como suspenso. Segundo as agremiações, sem os R$ 13 milhões esperados, as apresentações ficariam inviáveis.
Crivella, por sua vez, se nega a voltar a atrás no corte de verba. A Riotur, empresa municipal responsável pela organização dos desfiles junto da Liesa, se prontificou a buscar na iniciativa privada mais recursos para as escolas. (Com BandNews FM Rio)
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Entenda o caso
Crivella anunciou que pretende cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba para investir em creches. O valor em 2017 foi de R$ 24 milhões, sendo R$ 2 milhões para cada agremiação. Como em 2018 serão 13 escolas no Grupo Especial, a expectativa era que o montante chegasse a R$ 26 milhões. Mas, conforme a Riotur (Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro), responsável por organizar a festa, já confirmou, o valor ficará mesmo em R$ 13 milhões.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) anunciou que, sem os R$ 13 milhões, os desfiles ficam inviáveis em 2018, e decidiu suspender as apresentações até que as partes cheguem a um acordo. A entidade espera conseguir um encontro com o prefeito, algo que vem tentando há meses, sem sucesso.
A Riotur disse, em nota, que o Carnaval está garantido e afirmou que vai buscar na iniciativa provada os recursos para as escolas. Mas confirma que as creches são prioridade.
Em resposta, sambistas realizaram um protesto. O grupo se concentrou em frente ao edifício administrativo da prefeitura, na Cidade Nova, e caminhou até a Marquês de Sapucaí.
O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, se prontificou a ajudar e ofereceu levar os desfiles para a cidade da Baixada Fluminense. “A festa traz receita, movimenta a economia. Tem dinheiro para tudo. Se puder levar a Sapucaí para Caxias, eu banco. Vai dar lucro, traz turistas, é importante para a cidade”, disse Reis ao jornal Extra.
No dia 28 de junho, Crivella recebeu as escolas de samba e ficou decidido que haverá desfile em 2018.
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Bom, é aquela velha expressão: É conversando que a gente se entende. Fica uma pergunta: Por quê o Prefeito continua irredutível?