Aconteceu de novo. Pelo terceiro ano seguido, o Carnaval do Rio de Janeiro teve seu resultado modificado. Dessa vez, a Imperatriz Leopoldinense, penúltima colocada em 2019 e, portanto, rebaixada, foi salva pelas demais escolas do Grupo Especial.
Com isso, a principal divisão da folia carioca terá novamente 14 escolas – o plano era reduzir para 12 até 2012.
Pelo placar de 8 a 5, as agremiações decidiram, em plenária na noite desta segunda, 3, desrespeitar o regulamento. O Império Serrano, último da disputa, segue no grupo de Acesso, a princípio.
Não foram dadas muitas explicações sobre a motivação para a medida, mas Castanheira citou que as escolas alegaram que era importante manter 14 agremiações no Grupo Especial por uma questão artística.
Presidente renuncia
Contrariado, o presidente da Liesa, liga que reúne as escolas do Grupo Especial, Jorge Castanheira, anunciou que está deixando o posto. Outros membros da diretoria devem deixar seus cargos. Uma nova eleição deve acontecer em breve, o que pode mudar o eixo de poder no Carnaval carioca. Castanheira anunciou que vai tomar medidas para a transição.
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Como já era esperado, as cinco escolas que votaram pelo cumprimento do regulamento foram: Mangueira, Portela, Viradouro, Beija-Flor e Vila Isabel. Votaram por cancelar o rebaixamento da Imperatriz: Salgueiro, União da Ilha, Estácio, Unidos da Tijuca, São Clemente, Paraíso do Tuiuti e Mocidade e Grande Rio.
Multa
No ano passado, após a segunda virada de mesa consecutiva, a Liesa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em que a liga se comprometia a respeitar o regulamento. O acordo prevê uma multa de R$ 750 mil em caso de descumprimento.
Na saída da plenária, Castanheira citou o TAC, mas disse não saber como será solucionada a questão e se limitou a informar que o assunto será avaliado pelo Departamento Jurídico da Liesa.
“Quem tiver que conduzir esse assunto daqui pra frente terá que levar isso em consideração”, disse Castanheira à imprensa após a reunião.
O dirigente também não soube dizer quais seriam as implicações jurídicas da exclusão do Império Serrano. É possível que o assunto acabe nos tribunais.
Tri-virada
A primeira virada de mesa recente do Carnaval do Rio aconteceu em 2017, quando, após acidentes nos desfiles de Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca, as escolas decidiram, horas antes da apuração na Quarta-Feira de Cinzas, cancelar o rebaixamento. No ano seguinte, a Grande Rio foi rebaixada junto com o Império Serrano, mas parte das agremiações, com o apoio de políticos importantes do estado (o prefeito Marcelo Crivella entre eles), deicidiram poupar a escola de Duque de Caxias. Agora em 2019 foi a vez da Imperatriz ser salva.
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Ver Comentários
O carnaval carioca no seu fim
Já acaba tarde;
Porque o Império não???
2020!
Isso é uma VERGONHA
A zona de sempre. Não tem jeito.......
Espero que o Ministério Público interceda. Está ficando ridículo.
Bom para São Paulo. Rio de Janeiro já acabou com o Futebol, agora com o Carnaval. A Vale e a Petrobrás que tem sede na cidade foram destruídas. Ainda bem que os governos incentivam o tráfico de drogas, a única fonte de renda do Estado do Rio de Janeiro. E pelo jeito o tráfico de drogas vai ser a única fonte de renda do Brasil, que está no mesmo nível de Bolívia, Paraguai e Colômbia.
Você está bem animado. Porém é por aí mesmo. Parabéns!
Rio de Janeiro... a terra onde literalmente TUDO é esculhambado. Deveriam pedir a separação do Brasil e viver isolados.
Qual a credibilidade de um campeonato desses, nenhum, só vale pela festa, ainda....
Vergonhoso este Carnaval do Rio. Assim, em poucos anos, vai perder ainda mais admiradores.