O Carnaval do Rio de Janeiro foi responsável sozinho pela movimentação de R$ 3 bilhões em 2018, revela estudo do Ministério da Cultura (Minc), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira, 20.
O dado é parte do levantamento feito junto aos eventos realizados sob a chancela do Programa Rio de Janeiro a Janeiro, no âmbito do estado.
Para se ter uma ideia da importância dos dias de momo, todo o programa teve um impacto de R$ 8,8 bilhões na economia fluminense – ou seja, o Carnaval sozinho é responsável por mais de um terço do montante movimentado, incluindo eventos culturais, desportivos e corporativos.
Depois do Carnaval, o Réveillon aparece com R$ 1,94 bilhão de giro.
Na divisão por mês, fevereiro foi responsável por R$ 3,7 bilhões – de longe o período com o maior giro econômico. Em segundo vem janeiro, com R$ 2,3 bilhões.
Ainda segundo o levantamento, cada real gasto nos projetos do programa movimentou R$ 17,61 na economia, no que os técnicos chamam de alavancagem econômica. O cálculo é feito com base nas despesas na produção do evento e também nos gastos do público, incluindo turistas e moradores do Rio.
Números para debate
Os recursos bilionários que o Carnaval movimenta no Rio de Janeiro têm servido de combustível para acalorados debates sobre o investimento da prefeitura no evento – precisamente nos desfiles das escolas, alvo de seguidos cortes de verba por parte da administração de Marcelo Crivella.
O prefeito alega falta de recursos para realizar a redução do montante investido. Em 2017, a subvenção caiu de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão. Este ano, a expectativa é que o valor sofra nova diminuição: no momento, as escolas só têm garantidos R$ 500 mil, já publicados no Diário Oficial, no total de R$ 7 milhões para o Grupo Especial.
As agremiações dizem que é pouco e, além disso, reclamam que o valor não foi o combinado. Alguns dirigentes citam números como esses divulgados nesta quinta pelo Minc para defender mais investimentos pela prefeitura, que por sua vez já afirmou em outra ocasião que o volume movimentado não corresponde ao total arrecadado com impostos, que ficaria em torno de R$ 90 milhões.
Veja tabela por mês do programa Rio de Janeiro a Janeiro (fonte: Minc/FGV):
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