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Com enredo sobre Abdias Nascimento, escola de samba da Mooca lembra mortes de Paraisópolis

A Mocidade Unida da Mooca, do grupo de Acesso 1 de São Paulo, lembrou neste sábado, 7, dos nove jovens mortos durante ação policial em baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, na madrugada do último dia 1.

Em sua apresentação na festa de lançamento do CD dos sambas-enredo de 2020, na Fábrica do Samba, no Bom Retiro (zona central da cidade), a escola exibiu uma faixa com os dizeres “Paraisópolis Viva! A bala tem endereço e cor” e menções a Heliópolis (comunidade da Zona Sul de São Paulo), ao Morro do Dendê e ao Complexo da Maré (os dois últimos no Rio de Janeiro) – todos com episódios recentes de violência com mortes durante operações policiais.

No palco, o time de canto da agremiação mostrou outra faixa, com a frase “Vidas negras importam”. Já a ala das baianas se apresentou exibindo bandeiras do Brasil com manchas vermelhas, imitando sangue.

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Baianas da Mocidade Unida da Mooca no lançamento do CD de 2020 – Divulgação/MUM
Bandeira manchada de vermelho da MUM – Foto: Bruno Malta

O protesto serve como componente do enredo que a escola levará para o Anhembi em 2020, sobre o professor, senador, dramaturgo e ativista – entre outras atividades – Abdias Nascimento, que militou pelos direitos humanos e no movimento negro. Nascimento morreu em maio de 2011.

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Foto de arquivo de 01/04/2004 do poeta, professor, ator e artista plástico Abdias Nascimento – Alaor Filho/Estadão Conteúdo

*Com colaboração de Bruno Malta

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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