Darlan Alves: discurso antes do desfile ajuda a ganhar o público

Darlan Alves – Foto: Marquês da Folia

Há quem diga que as escolas que abrem os desfiles sofrem mais com os jurados do que as demais agremiações, além de encararem a avenida ainda fria. Em São Paulo, a X-9 Paulistana terá essa missão no segundo dia de apresentações no Anhembi em 2018 – a agremiação foi campeã do acesso em 2017. E boa parte do trabalho de aquecer o sambódromo ficará com o intérprete Darlan Alves. Mas ele não se mostra assustado.

“Nunca vivi essa sensação em 16 anos à frente do carro de som. É uma grande responsabilidade e estou me preparando para este grande dia”, afirma Darlan.

Envolvido em vários projetos, como os grupos Samba 90 e Quesito Melodia, Darlan diz como se prepara para defender o samba da X-9 no Carnaval.

“Nada de bebida gelada, descanso da voz e do corpo, boa alimentação e exercícios físicos aeróbicos como corrida e caminhada. Esse ano incluí marmitas da Fit Brasil que são feitas especialmente para o meu cotidiano e assim já eliminei 7kg”, explica.

Darlan conta que o início do desfile é essencial para conquistar o público e esquentar o Anhembi.

“Na avenida a troca de boas vibrações acontece naturalmente. Todo mundo chega empolgado, emocionado e com os sentimentos a flor da pele então antes da sirene tocar eu sempre faço um breve discurso motivacional para aflorar essa emoção. É aí que a escola ganha o público. Não costumo preparar nenhuma fala antecipada, mas, naquele momento, antes de cruzar a linha amarela passa um filme de tudo que vivemos e treinamos durante o ano e incluo essas lembranças. Aí é entrar na Avenida com o pé direito e buscar o campeonato”, declara.

Em 2018, a X-9 terá como enredo “A voz do samba é a voz de Deus – depois da tempestade, vem a bonança”, sobre provérbios populares, desenvolvido pelo carnavalesco Amarildo de Melo.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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