Setor 1

Penúltima colocada no Carnaval 2018, a Grande Rio pode escapar do rebaixamento na noite desta quarta-feira.

Reunião plenária na Liesa com os representantes das escolas de samba do Grupo Especial colocará em discussão – e provavelmente, em votação – a situação da agremiação de Duque de Caxias, tenta evitar a queda para a Série A.

Fontes ouvidas pelo Setor 1 confirmaram a realização da plenária – uma delas, porém, não garantiu que o destino da Grande Rio será alvo de debate.

Sabe-se que pelo menos dois presidentes estão ao lado da Tricolor de Caxias: da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, e do Salgueiro, Regina Celi – esta conforme revelou o presidente de honra da Grande Rio, Helinho de Oliveira. No vídeo de despedida do intérprete Emerson Dias, que se transferiu para o Salgueiro, Helinho entrega a ajuda de Regina ao agradecer o apoio da salgueirense.

Notas

As notas baixas em Alegoria e Adereços são uma das reclamações da escola, que levou para a Marquês de Sapucaí o enredo sobre Chacrinha. A Grande Rio recebeu 9.9, 9.8, 9.8 e 9.9 no quesito, perdendo quatro décimos, já contando com o descarte da menor nota. Mesmo que as justificativas ainda não tenham sido divulgadas, a agremiação entende que os jurados tiraram pontos por causa do carro que quebrou na concentração e não desfilou.

No entanto, o Manual do Julgador não determina que o jurado de Alegorias e Adereços leve em consideração o número de carros previstos ou a ordem de apresentação – isso cabe ao avaliador de Enredo.

Como votam

Segundo o Extra, a Grande Rio já tem os votos necessários para escapar do rebaixamento, e somente três escolas são contra a virada de mesa: Portela, Mangueira e Vila Isabel. A União da Ilha seria o único voto incerto. Com isso, outras oito agremiações seriam favoráveis à manutenção da Grande Rio no Grupo Especial, além da própria.

A decisão, que desrespeitaria o regulamento – que prevê o descenso das duas piores classificadas -, beneficiaria também o Império Serrano, 13º e última colocado. Com isso, o Grupo Especial voltaria a ter 14 escolas em 2019, número de concorrentes que a principal divisão do samba do Rio não tem desde 2006.