Escola de samba de Maricá vai desfilar na Sapucaí em 2024

A União de Maricá, escola de samba da cidade homônima da região metropolitana do Rio de Janeiro, vai desfilar na Série Ouro – principal divisão de acesso do Carnaval carioca – em 2024. Será a estreia da jovem agremiação, fundada em 2015, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

A escola de Maricá foi a vencedora dos desfiles de sexta-feira (24) da Série Prata, terceira divisão, e sobe com a Sereno de Campo Grande, campeã do sábado (25), e União do Parque Acari, melhor segunda colocada geral – e que se apresentou na sexta. A apuração aconteceu nesta terça (28).

A União de Maricá levou para a avenida Ernani Cardoso, no palco das apresentações das escolas da Intendente Magalhães, o enredo “Eu sigo nordestino”.

Para o Carnaval de 2023, a União de Maricá recebeu quase R$ 499 mil de subvenção municipal, de acordo com dados do portal de transparência da cidade.

A escola é obra do ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, atualmente deputado federal e vice-presidente nacional do PT. Prefeito por dois mandatos, entre 2009 e 2016, Quaquá depois elegeu seu sucessor, Fabiano Horta. Agora o líder petista realiza agora um antigo sonho de ter uma escola do município litorâneo desfilando no Sambódromo.

Em 2023, Quaquá já “brilhou” na Sapucaí, à frente do camarote Favela, point de políticos importantes durante os dias de desfiles das escolas de samba. O nome é uma referência ao costume de Quaquá de distribuir ingressos para o camarote entre lideranças de comunidades.

O próximo Carnaval ainda terá o encontro do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com a escola de Maricá – antigos “desafetos”. Em 2016, em gravação de um telefonema com o então ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Lava Jato, Paes chamou o município fluminense de “merda de lugar”.

Paes se desculpou, mas moradores de Maricá passaram a tratar o político como persona non grata na cidade, e teve um boneco seu alvo de “malhação de Judas” num Sábado de Aleluia.

Em julho do ano passado, porém, Paes recebeu o título de Cidadão Maricaense e se acertou de vez com a cidade. Quaquá esteve presente na solenidade.

Rebaixadas

Seis escolas foram rebaixadas para a Série Bronze: Raça Rubro-Negra, Rosa de Ouro e Acadêmicos do Peixe, as piores da sexta; e São Cristóvão, União do Parque Curicica e Acadêmicos da Diversidade, as piores colocadas do sábado.