As escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo foram autorizadas pelo Ministério da Cultura (MinC) a captar quase R$ 15 milhões para o Carnaval 2018. No entanto, só R$ 3,7 milhões, aproximadamente, foram obtidos por meio da Lei de Incentivo, conhecida como Lei Rouanet – ou 25% do aprovado.
De acordo com levantamento do Setor 1 feito no sistema do Minc, nove agremiações paulistas apresentaram projetos. As outras cinco não formularam propostas ou os projetos não foram localizados.
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Todas as nove tiveram valores aprovados, sendo que somente cinco conseguiram recursos com parceiros. Entre elas, a campeã é a Mancha Verde, de longe a escola com o maior montante captado: R$ 2.364.100. O valor foi obtido integralmente com um único incentivador, a Crefisa, poderosa patrocinadora do Palmeiras, que vem ajudando o clube a montar super times de futebol.
Com o patrocínio à Mancha, a financeira responde por 64% de total recebido pelas escolas. No ano passado, a agremiação já havia conseguido R$ 1,3 milhão com a Crefisa via Lei Rouanet.
Rosas de Ouro, Mocidade Alegre, Vila Maria e Gaviões da Fiel foram as outras agremiações que conseguiram captar valores.
Atual campeã, a Tatuapé teve cerca de R$ 1,3 milhão aprovado, mas não conseguiu recursos ainda. Na mesma situação, mas com valores diferentes, estão Tucuruvi, Peruche e Independente.
Veja a tabela abaixo:
Veja abaixo as escolas que captaram recursos via Lei Rouanet e seus respectivos incentivadores:
Rosas de Ouro
Ituran Serviços Ltda.
Valor: R$ 40.000,00
Lojas Belian Moda Ltda.
Valor: R$ 232.000,00
Top Service Serviços e Sistemas Ltda.
Valor: R$ 60.000,00
Mocidade Alegre
Cebrace – Cia Brasileira de Cristal
Valor: R$ 550.000,00
Vila Maria
Vonpar Refrescos S.A
Valor: R$ 400.000,00
Gaviões da Fiel
Karina Indústria e Comércio de Plásticos Ltda
Valor: R$ 50.000,00
Mancha Verde
Crefisa S/A Crédito Financiamento e Investimentos
Valor: R$ 2.364.100,00
A Lei de Incentivo à Cultura prevê que cidadãos e empresas podem aplicar em projetos culturais parte de seu Imposto de Renda devido.
No sistema do MinC, o valor aprovado pela Mancha Verde é menor que o captado. Isso se explica pela redução do orçamento estabelecida pela Sefic (Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura) após a captação feita pela escola. Em contato com o blog, a agremiação declarou que foi tudo feito dentro da lei e que devolverá a diferença de R$ 75 mil, se assim for exigido.
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