Estácio anuncia reedição de enredo sobre o Flamengo, e samba terá segunda chance de “pegar” em grande fase do clube

A Estácio de Sá anunciou nesta segunda-feira, 19, que no próximo Carnaval vai reeditar o enredo sobre o Flamengo, de 1995. A escola está atualmente na Série A (principal divisão de acesso), após o rebaixamento em 2020.

A agremiação vai tentar voltar à elite com um enredo de forte apelo popular, que originalmente empolgou menos do que o esperado: a Estácio ficou em 7º lugar e sequer voltou para o desfile das campeãs – traduzindo para o futebol, ficou “fora da Libertadores”.

Na ocasião, o enredo comemorava o centenário do Flamengo, de amarga lembrança para os rubro-negros: o time passou o ano sem títulos e ficou marcado pelas piadas com o “melhor ataque do mundo”, formado pelo trio Romário (que acabara de ganhar a Copa do Mundo), Sávio (cria da Gávea) e Edmundo, numa insólita contratação, posto que era ídolo do Vasco. Não deu certo, e os rivais apelidaram o centenário de “centenada”.

Originalmente, o enredo foi batizado “Um vez Flamengo…”, e o desfile foi assinado pelo carnavalesco Mário Borriello. Agora ele volta como “Cobra-coral, Papagaio Vintém, #VestirRubroNegro não tem pra ninguém”, e será desenvolvido pela dupla Wagner Gonçalves e Mauro Leite.

O samba (do mestre David Correa, Adilson Torres, Caruso e Déo) fez relativo sucesso na época, embora seja lembrado hoje mais por torcedores do Flamengo e os fãs mais persistentes do Carnaval. Também teve vida breve nas arquibancadas, diferente do samba dedicado ao rival Vasco, da Unidos da Tijuca de 1998. Apesar do rebaixamento (polêmico) da escola, a obra é cantada até hoje pelos vascaínos. Agora o samba da Estácio de 1995 terá nova chance de “pegar”. em campo, pelo menos, o time tem feito sua parte.

Ouça:

A Estácio anunciou o enredo, mas não sabe quando vai desfilar. As apresentações do Rio de 2021 seguem sem definição, por causa da pandemia de Covid-19. No Grupo Especial só se sabe que não haverá desfile em fevereiro, na data original do Carnaval, e se cogita algo perto do meio do ano. A Série A pode seguir as escolas do Especial.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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