Alvo de vandalismo, estátua de Martinho da Vila aguarda conserto

A estátua de Martinho da Vila em Duas Barras (RJ), terra natal do sambista, teve os óculos arrancados. Autor da escultura de bronze, o artista Ique (na foto acima, ao lado da obra) denunciou o vandalismo em outubro de ano passado, em seu perfil no Facebook. Em contato com o Setor 1, a assessoria da prefeitura informou que o reparo ainda não foi feito, mas garantiu que fará o conserto, ainda sem prazo.

A obra foi inaugurada em 2011, e está exposta no Mirante do Vale Encantado. O blog apurou que o local estava abandonado, o que facilitou a ação dos vândalos.

Leia também:
Martinho da Vila será enredo em escola de São Paulo
Desfile célebre da Vila, “Kizomba” vai virar filme; veja o teaser 

O diretor do Instituto Cultural Martinho da Vila (instalado na fazenda onde o cantor nasceu), Edson Felipe Machado, explicou que a gestão anterior de Duas Barras chegou a abrir uma licitação para a exploração do bar que há no local e manutenção do espaço onde está a estátua.

A foto é de outubro, mas Machado afirma que a situação da estátua é a mesma atualmente.

O mirante conta com estrutura para receber turistas, com banheiros, e um varandão, onde são realizadas serestas e outros eventos culturais. Mas a licitação acabou na Justiça, que suspendeu o processo. E o local acabou abandonado, conta Machado.

Além do roubo dos óculos, a placa de bronze foi arrancada e o estabelecimento, alvo de depredações. Segundo Machado, o atual prefeito, Luiz Carlos Lutterbach, deu um jeito no mirante: os banheiros passaram por uma limpeza, o jardim ganhou flores e uma nova placa de bronze foi providenciada, entre outras melhorias. Falta só abrir o bar, depois que a Justiça liberar a licitação. Além, é claro, dar novos óculos para a estátua.

“O Martinho até brincou comigo. Ele disse: ‘ô Edson, até que o cara que roubou os óculos prestou um serviço pra gente, ou aquilo ia continuar abandonado até hoje'”, contou Machado.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

Adicionar comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.