As escolas de samba do Rio de Janeiro podem ter parte do rombo deixado pela falta de verba da Prefeitura coberto pelo Governo Federal. O futuro ministro da Cultura, o carioca Sergio Sá Leitão, toma posse nesta terça-feira, dia 25, e já terá como uma das primeiras missões viabilizar o repasse financeiro às agremiações.
Para tapar o buraco, a Liesa espera conseguir R$ 6,5 milhões, o que representaria mais R$ 500 mil para cada escola. Com o R$ 1 milhão já confirmado pelo prefeito Marcelo Crivella, faltariam mais R$ 500 mil, recursos estes que poderiam chegar via iniciativa privada. Desta parte, não há garantia, mas a Riotur se prontificou a conseguir o valor via caderno de encargos.
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Em entrevista o jornal O Globo, Leitão disse que o MinC estará à disposição para ajudar e ressaltou a importância do evento.
“O carnaval do Rio é uma das iniciativas mais importantes do país na área da economia criativa, em geração de renda e emprego, então obviamente a importância é muito grande. É bastante razoável que o Ministério da Cultura se preocupe e se dedique a esta questão, como inclusive já fez no passado”, declarou.
Um encontro está marcado em Brasília, no mesmo dia da posse, entre o ministro, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, os representantes das seis primeiras colocadas no Carnaval 2017 (Portela, Mocidade, Salgueiro, Mangueira, Grande Rio e Beija-Flor). Também está prevista a participação do presidente do conselhor deliberativo da Liesa, Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca.
Ainda não se sabe de onde viria o dinheiro, diretamente do governo ou via patrocínio. No passado recente, a Petrobras patrocinava o Carnaval parcialmente, mas a crise na estatal, principalmente após a Operação Lava Jato, fez a fonte secar.
Agenda positiva
Quem amarrou a reunião foi o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), que disputou as eleições municipais com Crivella e foi derrotado ainda no primeiro turno. Pedro Paulo era o candidato do então prefeito Eduardo Paes, entusiasta do Carnaval e figura fácil nos desfiles.
O deputado vê no repasse uma forma de melhorar a imagem do presidente, Michel Temer, denunciado por corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Isso para o Temer é uma agenda super simpática, principalmente nesse momento”, declarou Pedro Paulo ao O Globo.
No próximo dia 2 de agosto, os deputados votarão se aceitam a denúncia.
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Entenda o caso do corte de verba
Crivella anunciou que pretende cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba para investir em creches. O valor em 2017 foi de R$ 24 milhões, sendo R$ 2 milhões para cada agremiação. Como em 2018 serão 13 escolas no Grupo Especial, a expectativa era que o montante chegasse a R$ 26 milhões. Mas, conforme a Riotur (Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro), responsável por organizar a festa, já confirmou, o valor ficará mesmo em R$ 13 milhões.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) anunciou que, sem os R$ 13 milhões, os desfiles ficam inviáveis em 2018, e decidiu suspender as apresentações até que as partes cheguem a um acordo. A entidade espera conseguir um encontro com o prefeito, algo que vem tentando há meses, sem sucesso.
A Riotur disse, em nota, que o Carnaval está garantido e afirmou que vai buscar na iniciativa provada os recursos para as escolas. Mas confirma que as creches são prioridade.
Em resposta, sambistas realizaram um protesto. O grupo se concentrou em frente ao edifício administrativo da prefeitura, na Cidade Nova, e caminhou até a Marquês de Sapucaí.
O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, se prontificou a ajudar e ofereceu levar os desfiles para a cidade da Baixada Fluminense. “A festa traz receita, movimenta a economia. Tem dinheiro para tudo. Se puder levar a Sapucaí para Caxias, eu banco. Vai dar lucro, traz turistas, é importante para a cidade”, disse Reis ao jornal Extra.
No dia 28 de junho, Crivella recebeu as escolas de samba e ficou decidido que haverá desfile em 2018.
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Juro que fiquei contente quando li o título da matéria pela metade, "Governo pode repassar verbas para escolas", por um segundo pensei, até que em fim o Temer está se preocupando com a educação num estado falido como o Rio de janeiro , mas ledo engano , a grana não é para educação das crianças e sim para as escolas de samba. Se contasse essa história para um grupo de amigos estrangeiros oriundos de paiíes desenvolvidos , eles iam achar que eu estava gozando a cara deles .
A sede pelo poder desse senhor virou um caso patológico,está destruindo o pouco que sobrou do Brasil para não ser julgado pelo supremo. Gente! até quando vão permitir essa situação?