Jorge Silveira deixa a São Clemente

Jorge Silveira não é mais carnavalesco da São Clemente. O artista anunciou sua saída da escola de Botafogo nesta quinta-feira, 27, em postagem nos seus perfis nas redes sociais.

“Encerro aqui minha participação como artista dessa nobre casa, mas me sinto parte da história dessa escola, da mesma forma que ela faz lindamente parte da minha”, disse Silveira.

“A São Clemente me ensinou a saber ler a alma da escola e desenvolver o carnaval objetivando atender essa alma”, declarou.

O artista deixa a São Clemente após três carnavais – o último deles o mais crítico e irreverente, sobre os “contos do vigário”, que valeu o melhor resultado em sua passagem na escola, um 10º lugar.

Veja abaixo a publicação de Jorge Silveira:

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Esse carnaval de 2020 vem para coroar esses 3 anos de intenso trabalho na preto e amarela da Zona Sul.  E como eu fui feliz por ter essa paleta de cores sobre a égide das minhas canetas. Me sinto honrado e grato pela vida inteira. Aprendi demais com cada amigo nesse trajetória. A forma mais real de uma família:  com seus conflitos , dores e amores. Meu muito obrigado à todas as equipes que compuseram a nossa grande equipe de trabalho. Nesses 3 anos resgatamos a verdadeira identidade da escola: orgulhosamente crítica e irreverente.  A São Clemente me ensinou a saber ler a alma da escola e desenvolver o carnaval objetivando atender essa alma. Enfrentamos juntos o período mais cruel da administração de uma prefeitura que foi tomada por forças ideológicas que serão cobradas pela vida e pela história pelo mal que fizeram. Ouvi centenas de vezes que meu trabalho ia derrubar a escola … Pois bem: acho que não. Pude contribuir no processo de reconstrução  da sua identidade. Esse é o meu legado para escola, e minha forma de dizer muito obrigado. Encerro aqui minha participação como artista dessa nobre casa, mas me sinto parte da história dessa escola, da mesma forma que ela faz lindamente parte da minha. Não quero me estender muito pois eu sempre mergulho fundo nas emoções quando me dedico a um pavilhão. Quero agradecer por tudo de coração, e desejar com todo meu amor cada vez mais sucesso , alegria e irreverência. Vou seguir outros caminhos, pois assim é a vida profissional , mas meu coração sempre vai bater mais forte quando a São Clemente passar.

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Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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