O enredo “História para Ninar Gente Grande” da Mangueira só não levou 10 de um jurado, Artur Nunes Gomes. O julgador deu 9,9 para a escola no quesito, e justificou sua nota pelo o que chamou de “exagero no tom de denúncia, utilizando linguagem visual antagônica (…) ao espírito carnavalesco”.
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No desfile campeão de 2019, o carnavalesco Leandro Vieira levou para a avenida personagens que foram esquecidos ou apagados da chamada História oficial, entre eles indígenas.
Em sua justificativa, divulgada nesta quinta-feira pela Liesa, Gomes cita justamente como um dos exemplos o segundo carro, que mostrava o genocídio indígena e levava caveiras ensaguentadas compondo, pelas palavras do julgador, “grande parte” da alegoria.
O jurado também cita o último carro, composto por grandes livros cenográficos e que tinha como destaque a jornalista Hildegard Angel, cujo irmão Stuart foi morto pela ditadura militar brasileira.
A mesma alegoria levava elementos que representavam corpos mortos na parte de baixo do carro, sob personagens tidos como protagonistas da História oficial. A forma como o carnavalesco questionou o heroísmo de figuras como Duque de Caxias e José de Anchieta, porém, não caiu no gosto de Gomes.
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