Líderes do Carnaval cogitaram Grupo Especial com 15 escolas e três dias de desfiles

A nova virada de mesa e a renúncia do presidente da Liesa, Jorge Castanheira, podem ter sepultado, ou menos adiado, uma ideia que vinha sendo pensada para o futuro do Carnaval: um Grupo Especial com 15 escolas, três dias de desfiles e fechado, ou seja, sem rebaixamento e sem agremiações oriundas do Acesso.

Pelo menos duas lideranças importantes do Carnaval vinham discutindo a possibilidade, e a intenção era apresentar a ideia já para 2020.

O Grupo Especial teria apresentações de cinco escolas por noite, no domingo, na segunda e na terça-feira.

A solução resolveria um dos problemas na transmissão: com cinco agremiações, a TV Globo, detentora dos direitos de exibição, poderia mostrar todos os desfiles na íntegra, sem causar danos à grade de programação. E todas as escolas apareceriam para o Brasil inteiro.

Fariam parte do grupo as 14 agremiações atuais, já contando com a Imperatriz, mais o Império Serrano, que não foi salvo pela virada de mesa desta segunda-feira, 3.

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A ideia não é tão nova, e já se pretendia oferecer o modelo à Globo na renovação de contrato – o atual acordo se encerrou após o último Carnaval. O que poderia precipitar a apresentação da proposta é a mudança de poder na Lierj, que organiza os desfiles da Série A, principal divisão de acesso.

Nos bastidores, fala-se que nomes de peso das escolas de samba do Especial não veem com bons olhos a ascensão dos dirigentes que assumiram a Lierj, alguns ligados à Liesb, que promove os desfiles das séries B, C e D, na Estrada Intendente Magalhães.

Com 15 escolas, sem rebaixamento e nem espaço para a campeã do acesso, o Especial se isolaria, sem margem para crescimento do grupo que hoje comanda a Lierj.