Depois que as justificativas dos jurados do Carnaval 2017 foram divulgadas, revelando o erro no julgamento de Enredo, a paz acabou nas redes sociais. Sobretudo entre as torcidas da Portela e da Mocidade. Desde então, é fácil ver portelenses e independentes trocando farpas, às vezes de forma agressiva, em posts de Facebook. O clima bélico tem incomodado quem vê o samba como ambiente pacífico.
(Ainda não sabe da briga Portela x Mocidade? Clique aqui)
“Eu acho muito triste. Está faltando respeito”, diz a porta-bandeira Lucinha Nobre, ao Setor 1.
“No meio do tiroteio”, como ela mesma diz, Lucinha é parte sensível desses tempos de “guerra de provocações”. Ela começou na Mocidade, onde dançou em mais de dez carnavais e, entre idas e vindas, acaba de voltar à Portela. Em Madureira, terá Marlon Lamar como mestre-sala. Com laços fortes nos dois lados, a experiente porta-bandeira lamenta e pede paz aos torcedores.
“Como sambista desde criança, aprendi que as escolas são coirmãs, e por isso não era para ter qualquer celeuma entre as partes, mas infelizmente as pessoas acabam levando muito à flor da pele. No meu Facebook, metade é portelense e a outra metade é independente. Fico no meio do tiroteio”, declara Lucinha, que critica o que chama de falta de respeito com figuras como Tia Surica.
“As pessoas estão brincando muito com a Tia Surica, que é uma senhora, uma portelense de alma, nascida e criada naquele meio. Ela acaba sendo vítima de muitas gozações. Acho feio. Eu não gostaria que fizessem isso com a minha mãe, por exemplo, e estou triste de ver as pessoas fazendo isso com ela (Surica). Já passou do tom da brincadeira, ficou sem graça”, afirma a irmã de Dudu Nobre.
“Vai passar”
Para evitar problemas, a sambista prefere opinar pouco sobre a disputa. E diz que não cai na pilha dos provocadores.
“Tem gente que diz: ‘parabéns, você foi duplamente campeã’, mas eu nem participei de nenhum dos dois carnavais, nem vi os dois desfiles (Lucinha desfilou este ano pela Porto da Pedra), e não posso opinar quem mereceu ganhar ou não. As pessoas me incitam. Fazem um post e me marcam, por exemplo, mas eu estou quietinha no meu canto”, contou.
“É até uma novidade uma rixa entre Portela e Mocidade, mas espero que passe. Tudo passa nessa vida”, concluiu, esperançosa.
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O quê, já aconteceu briga?
O Carnaval, assim como o futebol, virou um produto da globo, tipo big brother, faustão etc
Sou independente de coração mas acredito que o respeito tem que ser tudo. Da msma forma que ñ aceito agressões contra a Mocidade jamais agiria c desrespeito a Portela que pertence a um bairro que amo. As pessoas tem q aprender q tudo tem limite assim como no futebol. Vamos limitar os nossos animos. O Brasil precisa de paz e começar pelo carnaval e pelo futebol ñ seria nada mal. Sou Independente, Sou Rubro Negra, Amor eterno, respeito eterno. Bjs .