Enredo da Vila, Martinho crê em Carnaval em 2022 com vacinação e diz: samba-enredo deve ter mensagem

Enredo da Vila Isabel no Carnaval de 2022, Martinho da Vila disse nesta segunda-feira, 16, que acredita na realização dos desfiles de samba no próximo ano, depois do cancelamento de 2021 por causa da pandemia de Covid-19.

“Vai ter Carnaval, eu acredito. A vacinação está avançando, e essa pandemia tem que acabar”, disse o sambista em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Ao comentar sobre a emoção de ser homenageado pela agremiação do coração, Martinho disse que “a maior honraria que uma pessoa pode receber em vida é ser enredo de escola de samba”.

“Para mim é mais emocionante ainda é ser enredo da minha escola de samba. Não sei como vou me comportar no desfile. Acho que eu vou fazer de conta que não sou eu”, brincou.

Martinho lembrou que quase foi enredo da Vila Isabel em 2010, mas recusou e sugeriu um desfile dedicado a Noel Rosa, no centenário do sambista. Mas agora aceitou a honraria, mas sem opinar muito no desenvolvimento, a cargo do carnavalesco Edson Pereira.

“Não é legal opinar na própria homenagem. Ele [Edson Pereira] insistiu acabou falando comigo. Ele quer que eu veja as fantasias na próxima semana. Ele já está preparando os protótipos [dos figurinos]. Os desenhos eu achei maravilhosos”, comentou.

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A disputa de samba da Vila está marcada para começar na próxima quarta-feira, 18. Ao todo 16 obras foram inscritas. Três serão escolhidas para a grande final, missão que, prevê o homenageado, será difícil.

“Essa foi a melhor parte. Eu falei para o presidente [da Vila Isabel] Fernando Fernandes: ‘você guarda essas letras, porque quero vê-las depois Carnaval, guardá-las comigo’. Eu gostei de todos os sambas. Alguns um pouco mais, por um lado pessoal, outros vendo a o lado da Vila Isabel. Importante o samba não para mim, mas para a Vila, porque a gente quer ganhar o Carnaval. Os sambas são fantásticos. Vai ser difícil”, disse Martinho, para quem samba-enredo atualmente não deve somente ser alegre.

“Não basta só alegrar. O samba-enredo tem que ter mensagem e emocionar”, declarou, ao comentar a tendência de enredos críticos no Carnaval.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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