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Morre Mestre Jorjão, o criador da paradinha funk

Um dos maiores mestres de bateria da história do Carnaval, Jorge de Oliveira, o Mestre Jorjão, morreu na noite deste sábado, 27, no Rio de Janeiro, aos 66 anos.

Jorjão vinha tentando se recuperar de um acidente vascular cerebral (AVC), e estava internado desde o dia 18 de setembro deste ano.

Com passagens de destaque por Mocidade Independente de Padre Miguel e Viradouro, Jorjão sempre teve como marca principal a inovação. Em 1997, na Viradouro, criou a paradinha funk e ajudou a escola ganhar seu primeiro e único título no Grupo Especial do Rio de Janeiro. O mestre também comandou as baterias de Imperatriz e Santa Cruz.

Sobre a paradinha funk, o apresentador do programa Carnaval Show, da Rádio Show do Esporte, e torcedor da Viradouro, Carlos Fonseca, conta que a diretoria da Viradouro era contra, mas que Jorjão levou a ideia pra avenida ainda assim. Veja abaixo o post, com trecho do documentário de Paulo Tiefenthaler:

“Sua trajetória dispensa apresentações, e foi marcada por inovações e momentos marcantes na história do carnaval, tanto em nossa Mocidade, sua escola do coração, quanto em passagens por coirmãs”, publicou a Mocidade em seu perfil no Facebook. Veja a íntegra abaixo:

O grupo Autofagia Independente publicou no Facebook uma homenagem a Jorjão, lembrando do legado de Mestre André que o sambista levou a frente. “Poucos homens que pertencem a uma bateria de escola de samba têm o tamanho de Jorjão. Primeiro, sim, na estatura – sujeito grande de pra lá de um e noventa, sorriso largo, uma alegoria em si. Mas, fundamentalmente, porque foi Mestre Jorjão um dos maiores gênios da história do carnaval – discípulo que manteve a alteza do eterno Mestre André. Sob a regência de Jorjão, a bateria da Mocidade, a melhor, executou o que se poder dizer ‘o fino’ do gênero samba-enredo, orgulho do Rio, ganhando muito mais do que notas 10: a alma da pessoas através da alma da escola”, escreveu.

 

 

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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