MPF pede que Chiquinho da Mangueira e outros deputados fiquem presos

Chiquinho da Mangueira (PSC) na chegada à Superintendência da Polícia Federal, no Rio, após ser preso – Estefan Radovicz/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou nesta quinta-feira, 6, que Chiquinho da Mangueira e outros deputados estaduais do Rio de Janeiro permaneçam presos. Os parlamentares foram detidos na Operação Furna da Onça, da Polícia Federal, sob a acusação de recebimento de propina em troca de votos em matérias que beneficiassem a quadrilha do ex-governador Sergio Cabral.

A Procuradoria entende que os pedidos de revogação da prisão preventiva feitos pelos pelas defesas dos deputados não procedem.

Chiquinho alega que o dinheiro encontrado na casa de sua mãe (R$ 80 mil) não é seu, mas da Estação Primeira de Mangueira, para ser usado na preparação do desfile do Carnaval de 2019. O presidente afirma ainda que faltam provas da movimentação de R$ 30 milhões em 2017 e que o vazamento de informações sobre a operação não justifica a prisão preventiva.

Além de Chiquinho, os outros três parlamentares tentam deixar a cadeia: Coronel Jairo (MDB) e Luiz Martins (PDT), que alegam problemas de saúde e pedem a conversão em prisão domiciliar, e Marcus Vinicius “Neskau” (PTB).

A decisão final cabe ao desembargador federal Abel Gomes, relator das ações da Lava Jato do Rio no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2).

Eike e Uber

Em depoimento, Chiquinho afirmou que o desfile da Mangueira de 2014 teve a ajuda financeira do empresário Eike Batista, e que Cabral topou repassar dinheiro em esquema por ser torcedor da Verde e Rosa. Saiba mais aqui.

A prisão de Chiquinho não teve consequências somente na escola. As outras 13 agremiações do Grupo Especial e até os desfiles dos grupos B, C, D e E sofreram as consequências, já que a Uber desistiu do patrocínio (R$ 9,5 milhões no total) para o Carnaval carioca por causa da operação.

(Com Estadão Conteúdo)

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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