Perlingeiro critica Crivella e festeja apoio de Witzel, mas diz: “escolas não devem viver de migalha do poder público”

Jorge Perlingeiro antes dos desfiles neste domingo – Romulo Tesi

Tradicional leitor das notas na apuração do Carnaval, Jorge Perlingeiro lamenta que as escolas de samba tenham passado um ano tão difícil, em boa parte pelo novo corte de verba da prefeitura do Rio.

Para Perlingeiro, o prefeito Marcelo Crivella ainda não entendeu a importância do Carnaval para a cidade.

“Nada contra a preferência religiosa dele, mas ele tem que governar para a cidade toda”, disse o locutor ao Setor 1 neste domingo, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, antes de completar.

“Ele não é obrigado a dar dinheiro para as escolas. Aliás, sempre defendi que as agremiações não devem viver de migalha do poder público”, declarou, criticando ainda a ausência de Crivella em atos tradicionais do Rio, como a entrega da chave da cidade ao Rei Momo.

Perlingeiro comemorou, porém, que o governador do Rio, Wilson Witzel, tenha viabilizado o patrocínio de R$ 15 milhões com a Light, via renúncia fiscal de ICMS.

“O governo do estado nos abraçou, e o governador já disse que no ano que vem o Carnaval é do governo estadual, e não mais da prefeitura”, comemorou Perlingeiro, que admitiu: “estou sentindo falta do Eduardo Paes [ex-prefeito do Rio que se notabilizou pelo apoio às escolas de samba, derrotado por Witzel nas eleições de 2018].

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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