Portela contratou cenógrafos do Cirque du Soleil para comissão de frente, diz vice-presidente

O vice-presidente da Portela, Júnior Escafura, disse que a escola contratou cenógrafos do Cirque du Soleil para a comissão de frente do desfile no Carnaval 2023. A revelação foi feita no podcast “Papo de Sambista”, da BandNews FM Rio.

“Trouxemos cenógrafos do Cirque du Soleil para participar. Foi um investimento muito alto, talvez o maior da história da Portela”, declarou Escafura aos jornalistas Marcus Lacerda e Bruno Filippo.

Veja a ordem dos desfiles do Carnaval 2023

Segundo Escafura, há uma expectativa pela comissão de frente portelense no desfile de 2023, ano do centenário da escola. Por isso o investimento no reforço de profissionais da companhia artística canadense.

“Estão esperando algo diferente [da comissão de frente]”, completou o dirigente, que considera ao quesito o ponto fraco dos últimos desfiles da Portela.

Veja também:
Desafio dos 10 anos revela escolas mais pobres e menores, mas renovadas e com muito para falar
Como um ritual de iniciação do Candomblé inspirou o refrão mais ‘chiclete’ do Carnaval 2023
O dia em que Zeca Pagodinho subiu a Mangueira para uma foto com a ‘Patota de Cosme’

De fato, a agremiação tem deixado décimos preciosos no quesito. Em 2022, teve somente uma nota 10 terminou com 29,8 pontos. No Carnaval anterior, o resultado foi pior: nenhum 10 e o total de 29,6 para a apresentação, que encenava um ritual indígena antropofágico do povo tupinambá.

Em 2023, a comissão é liderada, pelo segundo ano seguido, pelos coreógrafos Leo Senna e
Kelly Siqueira.

A ideia agora é garantir os pontos que podem garantir um histórico título, justo no aniversário de 100 anos.

Escafura lembra que a Portela – responsável por introduzir a comissão de frente nas escolas de samba – custou a modernizar o quesito. A agremiação foi inclusive a última a desfilar com a velha guarda no posto, em 1993.

O dirigente ainda sinalizou que o tripé da comissão de frente será maior, uma tendência cada vez mais vista nos últimos anos.

“Nos últimos dois anos o tripé da comissão era pequeno, e a gente foi muito cobrado por isso”, diz.

“Quando as escolas todas vão por um caminho e começa a dar certo, e a Portela segue com tripé menor e não dá resultado, a gente precisa mudar”, completou.

Assista ao episódio do Papo de Sambista na íntegra: