Presidente da São Clemente diz que não conta com dinheiro da prefeitura para 2020: ‘se dependesse estaria morto’

Renato Almeida Gomes, presidente da São Clemente – Romulo Tesi

Após mais um corte na verba da prefeitura para as escolas de samba – agora de R$ 1 milhão para R$ 500 mil -, tem agremiação que não conta mais com os recursos para o próximo Carnaval. É o caso da São Clemente.

“Se eu dependesse estaria morto”, disse o presidente da escola, Renato Almeida Gomes ao Setor 1 nesta segunda-feira, antes do desfile da escola na Marquês de Sapucaí.

“Ninguém mais deve contar com esse dinheiro”, completou.

Segundo o dirigente, a agremiação poderia ficar com uma dívida milionária, não fosse o patrocínio da Light, via renúncia fiscal do governo do Rio.

“A gente ficaria com R$ 1,5 milhão ‘pendurado'”, declarou Renatinho, como é conhecido, sobre os R$ 15 milhões de ajuda da companhia de eletricidade, a serem divididos entre as 14 escolas do Grupo Especial, anunciados a poucos dias dos desfiles.

“Se ele [prefeito Marcelo Crivella] avisasse em junho ou julho, daria tempo de mudar o projeto. Se não tem, não tem. Depois fica complicado”, declarou.

A São Clemente é a primeira escola a desfilar nesta segunda-feira, segundo dia de apresentações do Grupo Especial, com o enredo “E o samba sambou”, reedição de 1990, sobre os rumos do Carnaval.


Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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