As saias das baianas do Império Serrano não foram só entregues com atraso. Segundo um dos diretores de harmonia da ala, a vestimenta foi confeccionada com defeito, sem um detalhe importante para a montagem da fantasia: uma bainha na parte de dentro, por onde passam os conduítes – ou bombolês – quem fazem a saia ganhar o formato arredondado, característico da tradicional ala das escolas de samba.
“O caminhão com as fantasias chegou à concentração pouco depois das 2h. A gente já tinha montado um mutirão para a colocar os conduítes, mas quando vemos não tinha a bainha. Como vai arrumar isso com a escola já formando para entrar?”, narra ao Setor 1 Antônio Marcos, diretor de harmonia da ala, que tem Tia Eni como presidente.
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Na última quinta-feira, 20, conta Marcos que os chefes da ala se dirigiram à quadra para a entrega das fantasias, conforme combinado, às 13h. Mas todos deixaram o local quase meia-noite sem a roupa. Os responsáveis deram uma nova data: madrugada de sábado, 22, na concentração da Marquês de Sapucaí. As fantasias chegaram, mas a apenas duas horas do desfile.
Os conduítes já haviam sido adquiridos, e foram entregues mais cedo, também na concentração. “Um ex-diretor de Carnaval, o Paulo Santi, tirou do bolso dele para comprar os conduítes”, conta.
O material chegou a ser cortado, mas pela falta da bainha, não foi possível terminar a fantasia.
“Foi um desespero, uma choradeira”, narra Marcos.
A primeira decisão foi desfilar com as saias, mas sem os conduítes. A maior parte das baianas, segundo o diretor, aceitou e chegou a vestir a roupa. “Mas a Eni achou que seria uma humilhação, além de ser perigoso. A saia sem a armação é longa, e elas poderiam pisar e cair no chão”, diz.
O grupo já havia decidido entrar na avenida sem a saia, quando se deram conta de outro problema: a ala já não tinha mais 35 baianas, mínimo exigido pelo regulamento da Série A. Apenas 28 estavam dispostas a desfilar rodando uma saia “imaginária”. O jeito foi buscar sete mulheres ali mesmo na concentração para completar a ala e cumprir a obrigatoriedade. Caso contrário a escola seria descontada em sua pontuação (só na quarta-feira, na apuração, será se saberá se haverá a penalização).
Na ala desde 1995, Marcos afirma que não foi a primeira que a fantasia das baianas atrasou de forma tão dramática, mas que nunca haviam recebido uma roupa com um defeito tão elementar. “Foi feita na pressa e esqueceram ou nunca costuraram uma saia de baiana”, diz, que compreende a decisão de desfilar mesmo sem a saia após anos de dificuldades. “Foi a gota d’água”, completa.
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Mano na moral,foram tres anos seguidos de amadorismo pelo amorcde deus c9mo querwm volta para grupo especial assim?ta maluco e muito amadorismo fala,serio...