Um dos vencedores do Ranking Setor 1 do Grupo Especial do Rio, o samba-enredo da Paraíso do Tuiuti de 2018 servirá como trilha sonora de um desfile que promete ser um dos mais críticos do ano. A Tuiuti levará para o Sambódromo o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, assinado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. O gancho são os 130 anos da assinatura da Lei Áurea, e a ideia é fazer um questionamento sobre a situação do negro tanto tempo depois. O título do enredo já entrega parte da bola que o carnavalesco vai levantar.
“É um samba lindo e poético. Samba que extrapola todos os limites possíveis. Ele combate o maior mal da humanidade que é a escravidão”, diz Aníbal, um dos integrantes da parceria que compôs o samba.
O hino de 2018 é uma obra encomendada. O escolha da escola, de não realizar disputa entre parcerias, divide opiniões na comunidade do Carnaval. Dona Zezé, integrante do time de compositores que conta ainda com Claudio Russo, Moacyr Luz e Jurandir, comentou.
“O presidente (Renato Thor) foi muito feliz nessa ideia de juntar os mais velhos da casa e compor um único samba. Saiu uma grande obra e tenho certeza que será um belo carnaval também”, disse.
“O único convidado foi o Moacyr Luz, um gênio que veio auxiliar a gente. Os demais têm raiz, têm história no Paraíso do Tuiuti. Foi muito prazeroso compor esse samba”, destaca Claudio Russo.
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