Depois do Carnaval do Rio de Janeiro sofrer diminuição de verba da Prefeitura, São Paulo pode passar por corte, ao menos parcial. Nesta terça-feira, durante encontro da Frente Nacional de Prefeitos na capital paulista, o chefe do executivo paulistano, João Doria, disse que pode haver redução dos repasses oficiais para as escolas de samba da cidade, mesmo sem especificar quando. Mas garantiu que não vai faltar dinheiro para as agremiações, mesmo que seja da iniciativa privada, e que vai tentar arrecadar verba com as empresas.
“Às escolas de samba e à Liga (SP) não faltará o recurso estimado e previsto. Pode mudar o carimbo: em vez de ser público, ser privado. Mas recurso não vai faltar”, declarou Doria.
No Carnaval de 2017, foi repassado R$ 1.181.546,88 pela Prefeitura de São Paulo para cada escola, segundo dados da SPTuris. Este valor, multiplicado por 14 agremiações, resulta em um gasto de pouco mais de R$ 16,5 milhões. A ideia é que parte desse valor seja coberto pelas empresas.
“Vamos fazer um trabalho ainda mais intenso com o setor privado. Vamos suplementar os recursos que a prefeitura tiver a necessidade de reduzir com o investimento privado”, afirmou. “Haverá uma redução do investimento público e um aumento do investimento privado, para equalizar e garantir a realização do carnaval”, continuou.
Doria destacou a importância do Carnaval como atividade cultural, de lazer e turística. “Gera receita para a cidade”, disse.
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Presente na reunião, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, voltou a defender o corte de 50% da verba e o investimento nas creches. Citando os recursos em São Paulo, justificou o uso do dinheiro na educação.
“No ano passado (ainda na gestão Eduardo Paes), a gente dobrou a verba do Carnaval (de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões), mas sabe quanto São Paulo paga por cada criança em creche conveniada? R$ 25. E Minas Gerais é R$ 20. E o Rio paga R$ 10. Aumentou o Carnaval e não aumentou para as crianças”, discursou.
Entenda o caso
Crivella anunciou que pretende cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba para investir em creches. O valor em 2017 foi de R$ 24 milhões, sendo R$ 2 milhões para cada agremiação. Como em 2018 serão 13 escolas no Grupo Especial, a expectativa era que o montante chegasse a R$ 26 milhões. Mas, conforme a Riotur (Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro), responsável por organizar a festa, já confirmou, o valor ficará mesmo em R$ 13 milhões.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) anunciou que, sem os R$ 13 milhões, os desfiles ficam inviáveis em 2018, e decidiu suspender as apresentações até que as partes cheguem a um acordo. A entidade espera conseguir um encontro com o prefeito, algo que vem tentando há meses, sem sucesso.
Na última sexta-feira, a Riotur disse, em nota, que o Carnaval está garantido e afirmou que vai buscar na iniciativa provada os recursos para as escolas. Mas confirma que as creches são prioridade.
Em resposta, sambistas realizaram um protesto no sábado. O grupo se concentrou em frente ao edifício administrativo da prefeitura, na Cidade Nova, e caminhou até a Marquês de Sapucaí.
O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, se prontificou a ajudar e ofereceu levar os desfiles para a cidade da Baixada Fluminense. “A festa traz receita, movimenta a economia. Tem dinheiro para tudo. Se puder levar a Sapucaí para Caxias, eu banco. Vai dar lucro, traz turistas, é importante para a cidade”, disse Reis ao jornal Extra.
(Com Rádio Bandeirantes e Estadão Conteúdo)
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Se o carnaval da todo esse lucro porque ainda precisa de dinheiro público?
Carnaval dá lucro porque tem dinheiro público, ou tem dinheiro público porque dá lucro?
Os caras recebem um caminhão de dinheiro suspeito, ou acham que eles pagam cada funcionário dos seus barracões com carteira assinada, ou declaram tudo que gastam? Bicheiros e traficantes lavando dinheiro, que já foi provado. Ah, mas gera emprego e renda, concordo, mas tudo de forma suspeita. Ou as comunidades nunca foram cobrar a prefeitura para dar educação as suas crianças? Então, se for mesmo investido em educação, ano que vem tem que cobrar isso. E se fossem mesmo orrganizados, não iriam depender da prefeitura pra nada, pois tem verbas de TV, patrocinadores diversos, única coisa é o aluguel do sambódromo, que pode ser pago com bilheteria...
Muito simples.a pergunta e.o carnaval da lucro? se da lucro como e feita a distribuição do lucro?
as cidades onde ha desfile de escolas de samba recebem o que investiram mais uma parte dos lucros?
ou somente os empresários que lucram com isso e os políticos que usam o carnaval pra se promover
no final saem ganhando? a cidade de New Orleans promove todo ano carnaval que não e tao grande
como o brasileiro e mesmo assim os lucros vão todos para a cidade em forma de impostos gerados
e quem investe pesado e a iniciativa privada que tem o seu lucro merecido. no Brasil o cidadão paga a festa e os empresários embolsam os lucros!
A gente vê essas notícias e percebe quanta gente mama nas tetas do governo enquanto 2 problemas assolam silenciosamente no Brasil: A parte social e o Resto. SP e RJ não têm a casa arrumada é quer pagar milhões em nome da "Cultura Brasileira"? Tudo máfia!
Sugiro retirar qualquer verba pública e cobrar pelo uso do sambódromo.
Não estou defendendo os sambistas, mas o carnaval gera milhares de emprego todos sabemos. Concordo também que primeiramente temos quer dar ensino e saúde, agora este filhote de Edir esta usando as criancinhas para comover a opinião publica, todos sabemos que este dinheiro economizado não ira para tais fins.
Se dá tanto renda assim, que os favorecidos por essa renda que banquem essa festa!
Gaste esse dinheiro com a saúde que é muito mais importante .
Concordo com redução de verba pública para carnaval. Não concordo que a prefeitura tenha que interessar negociação com empresas. Problema das escolas.
Isso acontece não somente no carnaval mas também no futebol..investe se dinheiro publico e o lucro ficam com os empresários..
Mobiliza policia saude tudo de graça para esses eventos ....deixem que eles se virem ou seja envista dinheiro deles.
Há uma possibilidade de quebrar a rede hoteleira, mas quem precisa de hotéis? Os cariocas tem as suas casas, não precisam de hotéis. Hotel é coisa de rico, de turistas, de demônios que vem a cidade para satisfazer seus instintos carnais. Não é esse o discurso?