“Sempre foi macumba”: Igor Vianna vibra com enredos sobre orixás e exalta “Carnaval da libertação do povo preto”

Igor Vianna, intérprete do Império Serrano – Romulo Tesi

O cantor do Império Serrano, Igor Vianna, tem um dos gritos de guerra mais queridos pelo povo do samba: “Nunca foi sorte, sempre foi macumba”. Destaque em um Carnaval com muitos enredos de temática afro, com desfiles dedicados integralmente a orixás – como Exu na Grande Rio, Oxóssi na Mocidade Independente de Padre Miguel e Iroko na Unidos de Padre Miguel, Igor vibra com o momento.

“Eu estou achando lindo as escolas levantando a bandeira das religiões afro-brasileiras, falando de Candomblé, Umbanda, orixás, mostrando as nossas raízes, nossa herança”, declarou Igor, em papo com o Setor 1.

“É uma coisa linda, num Carnaval de libertação, em que o povo preto está gritando com orgulho das nossas origens”, completou o cantor, que é filho do lendário intérprete da Mocidade Independente de Padre Miguel Ney Vianna, e bisneto do pai da música brasileira, Pixinguinha.

Para Igor, a maior herança que recebeu da família foi o amor à música. E do pai especialmente, a paixão pelo samba-enredo.

“Foi o maior presente que ele me deu”, diz.

“Mas procuro vencer pelo meu trabalho. Meu pai é meu herói, meu ídolo. Sou o maior fã dele. Mas não fico falando que sou filho de Ney Vianna e bisneto do Pixinguinha. Quero vencer pelo meu talento”, concluiu.

Veja Igor Vianna entoando seu grito de guerra:

https://twitter.com/Olajuca/status/1517637656162836484?t=o-XYLNniKEiTMiGm-2gf0A&s=19

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

3 comentários

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  • Não importa a origem, religião, condição social, residência e formação, porque o samba é preto e o sol, quando brilha, propaga sua intensa luz para todos. “Deus não criou raças”. Deus criou pessoas e por isso, acima de todos e de tudo, devemos sempre nos respeitar. Salve o Império Serrano, o Reizinho de Madureira!

  • “Deus não criou raças e nem a escravidão, genocídios, desigualdades sociais e raciais e isto existem desde, que o mundo é mundo e sempre terá pessoas de cores e culturas, e situações sociais e econômicas diferentes. Se o samba é preto então ele tem raça a preta e o sol quando brilha, propaga sua intensa luz para todos mesmos que estes vivam no céu e no inferno. Caro Antonio Costa a raça preta no Brasil não chega á 5% e a raça negra indígena a parda mais de 55% segundo o IBGE e nisto não estão incluídos os brancos negroides. Jorge Oba Oliveira da ONNQ.