Tia Surica comemora vacina contra Covid-19, mas avisa que não vai desfilar: ‘não contem comigo para Carnaval’

Baluarte da Portela, Surica diz que prefere se preservar a desfilar, mesmo vacinada contra o coronavírus e em julho

Tia Surica no desfile da Portela de 2020 – Gabriel Nascimento/ Riotur

Lembrada pelo turma do samba após o anúncio da aprovação das vacinas contra a Covid-19, Tia Surica se animou com a notícia. A baluarte portelense diz que vibrou ao saber que as pessoas serão finalmente vacinadas e, assim, o Brasil começará a se livrar do coronavírus, mas mandou o recado: não vai desfilar, mesmo vacinada e em uma eventual folia fora de época, em julho, como está previsto.

“Não contem comigo para Carnaval”, avisou Surica em conversa com o Setor 1.

A sambista, que completou 80 anos durante a pandemia, em novembro do ano passado, explicou seus motivos.

“Eu preciso me preservar, mesmo se estiver vacinada. A gente não sabe como vão estar as coisas até lá. Também acho que não vai dar tempo de aprontar tudo, de vacinar todo mundo. Mas também tem o meu sentimento. Perdi amigos, pessoas queridas na pandemia”, declarou.

Mas a sambista, integrante da Velha Guarda da Portela, garante: “em 2022 eu vou estar na avenida”.

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A Liesa prevê desfiles em julho, mas a liga afirma que as apresentações só acontecerão caso as condições sanitárias permitem, e dependendo do ritmo da vacinação. Caso contrário, a tendência é que os desfiles fiquem mesmo para 2022. Por outro lado, preocupa a situação dos trabalhadores que dependem da festa para o sustento próprio.

Fila

Surica sequer faz planos para depois da vacinação. “Eu vou continuar em casa”, prometeu.

A sambista ficou feliz em saber que, nas redes sociais, os fãs pediram que o prefeito Eduardo Paes dê preferência a ela na vacinação. Mas Surica não quer furar fila.

“Vou ficar quietinha esperando a minha vez”, disse.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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