O que já era dado como certo acabou se confirmando na noite desta quarta-feira. As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro se reuniram na Liesa e decidiram, após plenária, descumprir o regulamento, cancelar os rebaixamentos e manter Grande Rio e Império Serrano na principal divisão do Carnaval carioca. Não houve unanimidade entre os dirigentes, e pelo menos duas foram contra: Portela e Mangueira.
A agremiação de Duque de Caxias, 12ª e penúltima colocada este ano, deveria ser rebaixada para a Série A em 2019, junto do Império Serrano, a última. Mas, com a decisão, as duas foram salvas. Isso após um Carnaval saudado pelos enredos engajados, inclusive da campeã Beija-Flor, cujo enredo fazia uma dura crítica à corrupção generalizada no Brasil.
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Já se sabia que, no pleito para tentar evitar a queda, a Grande Rio contava com pelo menos dois nomes de peso no apoio: os presidentes da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, e do Salgueiro, Regina Celi.
Nos bastidores, a política atuou forte. O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), agiu para influenciar a decisão, tanto que foi publicamente exaltado pelos dirigentes da Grande Rio. Na última hora, até o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, entrou em cena a favor das duas agremiações, enviando um ofício à Liesa com um “nada a opor” à virada de mesa. Na carta, Crivella afirma ter recebido pedidos de Reis e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
Com isso, o Grupo Especial do Rio voltará a ter 14 escolas, já contando com a Viradouro, campeã da Série A – a última vez que teve esse número de participantes foi em 2006. Na ocasião, Caprichosos de Pilares e Acadêmicos da Rocinha, 13ª e 14ª colocadas, respectivamente, foram rebaixadas. A Vila Isabel foi a campeã.
No entanto, a ideia inicial é desinchar o grupo nos dois anos seguintes, voltando ao número de 12 em 2021. Até lá, porém, muita coisa pode mudar.
O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, admitiu que a entidade atendeu a um “pedido do poder público”, mas não escondeu o desconforto.
“Que seja a última (decisão) de modificar o regulamento, porque isso é muito desgastante para as escolas”, declarou Castanheira ao site Sambarazzo após a plenária.
Notas em Alegorias
As reclamações da Grande Rio aos representantes da Liesa começaram após a apuração da Quarta-Feira de Cinzas. A escola vem desde então na bronca com as notas em Alegorias e Adereços.
A Grande Rio recebeu 9.9, 9.8, 9.8 e 9.9 no quesito, perdendo quatro décimos, já contando com o descarte da menor nota. Mesmo que as justificativas ainda não tenham sido divulgadas, a agremiação entende que os jurados tiraram pontos por causa do carro que quebrou na concentração e não desfilou. O problema causou o estouro de cinco minutos no tempo limite de apresentação, que resultou numa penalização de cinco décimos.
No entanto, o Manual do Julgador não determina que o jurado de Alegorias e Adereços leve em consideração o número de carros previstos ou a ordem de apresentação – isso cabe ao avaliador de Enredo.
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Nova virada
Com o salvamento de Grande Rio e Império Serrano, o Rio acumula dois Carnavais consecutivos com viradas de mesa. Em 2017, após os acidentes com Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca, os representantes das escolas se reuniram antes da apuração e decidiram cancelar o rebaixamento. Havia a expectativa que a escola tijucana caísse, por conta do desfile caótico. No entanto, as notas revelaram que a Tuiuti foi a pior colocada. Sem descenso, o Grupo Especial acabou contando com 13 agremiações em 2018.
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Normal - o Brasil é o País da Sacanagem
desfilarpra quê ???
"serriiiinha custa mas vem ...praaaa ficaaaar"
Uma bagunça isso.. perdeu credibilidade esses resultados do carnaval do Rio. Affff
Que palhaçada! Salve o Carnaval de São Paulo. Lá existe organização e respeito a quem assiste, a quem julga e principalmente respeito ás regras da competição.
POR ESSAS RAZÕES É QUE O RIO É O QUE É.
V E R G O N H A
Um exemplo de que neste país ninguém quer cumprir regra alguma. Nem as que o próprio transgressor estabeleceu. Depois reclamam da bagunça, das leis, dos governantes, etc..
Um carnaval com total descretido. Nunca podia imaginar. Se errou tem que pagar pelos seus erros.
Lamentável como se lidam com o Carnaval do Rio. Tantas escolas então foram tão injustiçada. Mas algumas não tem a proteção da cúpula...vexame ...
credibilidade do Carnaval...zero!!!!
Assim ñ tem graça virou bagunça, dessa forma de virada de mesa o carnaval do RJ vai perder sua credibilidade...se cai uma escola grande em 2019 tenho certeza que vamos ter uma virada de mesa em 2020 assim sucessivamente...nota 0 para LIESA e o carnaval do RJ vcs ñ tem regras virou bagunça.
Carnaval do Rio de Janeiro morreu. A liga é corrupta da mesma forma que os políticos. Só resta saber quem correu com a mala.
São Paulo superou o Carnaval carioca, pelo menos na honestidade.
Como assim nenhuma escola cai?