Grande Rio encanta Sapucaí e desponta como favorita, mas forma de julgamento torna apuração imprevisível

Grande Rio 2025 – Dhavid Normando/Rio Carnaval

A Acadêmicos do Grande Rio encantou a Marquês de Sapucaí no terceiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro e apareceria com folga como grande favorita para o título – o segundo da escola de Duque de Caxias.

A agremiação encheu o Sambódromo com o colorido do Pará para contar a história das três princesas turcas e ainda foi turbinada por um dos melhores sambas do ano, cantado de ponta a ponta pelos componentes e executado de forma competente pela bateria de Mestre Fafá e o intérprete Evandro Malandro.

O título seria pule de dez, não fosse a nova forma de julgamento. A partir deste ano, os mapas das notas são fechados a cada dia, limitando a comparação entre escolas.

Com isso, dependendo das notas dadas nos dias anteriores, é possível que aconteçam empates. Neste caso, o desempate depende do quesito sorteado como o último a ser lido.

A apuração acontece nesta quarta (5), às 15h30, aproximadamente. A rádio BandNews FM transmite.

De perto, Imperatriz no domingo e Beija-Flor na segunda surgem como possíveis concorrentes.

Ainda nesta terça-feira, a Portela levou Milton Nascimento para a Sapucaí em uma grande procissão pela avenida. Apesar da beleza plástica e da comoção causada pela passagem do homenageado, os problemas de evolução podem custar um lugar no Sábado das Campeãs.

lMilton Nascimento na Portela – Romulo Tesi

O Paraíso do Tuiuti também teve problemas de evolução e, apesar do vigor do desfile, apenas corre por fora para voltar entre as seis com o enredo sobre Xica Manicongo, a primeira travesti não indígena do Brasil.

A Mocidade abriu o dia com um desfile vintage, que remeteu aos trabalhos do carnavalesco Renato Lage. A parte musical, porém, foi o destaque e pode garantir uma apuração sem sustos. Mas depende do que os jurados acharam da apresentação que lançou um alerta sobre o futuro distópico.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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