Se sobrou crítica política, também não faltou emoção no desfile do Paraíso do Tuiuti, quarta escola a se apresentar na Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira. Não que a agremiação tenha arrancado lágrimas, mas causou apreensão por um problema na última alegoria.
O carro, que representava a resistência, trouxe vários membros de movimentos sociais, LGBT, negro, indígenas e políticos. E tinha como destaque o Miss Gay 2018, Yakira Queiroz, represente do Ceará, representando o bode Ioiô, protagonista do enredo. Nos lados, componentes davam vida ao meme da Barbie, acompanhadas de frases contraditórias, como “Deus acima de todos, mas sou a favor da tortura”, ou de teor preconceituoso.
A alegoria teve problemas para ser movimentada, e um grande buraco se abriu na escola, que deve perder pontos em evolução. Ainda na concentração, por conta de dificuldades na montagem, algumas peças foram descartadas.
Ao entrar na avenida, porém, foi ovacionado pelo público do Setor 1, que comemorou efusivamente a chegada da alegoria e ajudou a escola com o canto. Membros da diretoria passaram em seguida emocionados, mas a alegoria teve que cruzar a avenida rapidamente, comprometendo o desfile, um dos mais esperados do ano.
Na concentração, os componentes viviam forte expectativa pelo desfile. Entre eles o deputado federal David Miranda e a líder indígena Sônia Guajajara, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) em 2018.
Veja que interessante: carro dos movimentos sociais se atrasa e causa buraco na escola. Mas não é a própria realidade: governos de esquerda atrasam o país e causam buraco na economia do país. A arte imita a realidade, kkkkkkkk
Muito bom ver uma escola falando da resistência. Arrasou a”paraíso do tuiuti”. Essa escola já me ganhou como torcedora. É critica em seus desfiles e é só nesses momentos que muitos brasileiros veem esse tipo de crítica vir à tona. Parabéns a escola que fala desse personagem “Lula”, tão querido e sofrido.