O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, declarou nesta sexta-feira, horas antes da eleição que escolherá o novo mandatário do Vasco, apoio ao candidato Julio Brant, da chapa Sempre Vasco. Em nota, o dirigente afirma que “se Júlio Brant foi escolhido pelo voto para dirigir o nosso amado Clube, nós vamos seguir com ele”.
Horta critica o que chama de “manobra” – o rompimento de Alexandre Campello com Brant, anunciado nos últimos dias. Campello deixou o grupo vencedor do pleito do dia 7 de novembro alegando falta de comunicação e traição de Brant, e especula-se que se lance candidato na eleição do Conselho nesta sexta. (Leia ao fim do texto como funciona a disputa eleitoral do Vasco)
“Não admitimos e não aceitamos essa manobra, numa tentativa de mudar a história do Vasco para que os mesmos, que hoje envergonham e mancham uma lendária e respeitada trajetória de amor ao nosso escudo, tentem se perpetuar no poder a qualquer custo. O Vasco é dos vascaínos e, para sempre, será assim”, disse Horta.
Em contato com o Setor 1, o presidente tijucano garantiu que não assumirá cargo na diretoria em caso de uma eventual vitória de Brant. “Fui convidado, mas não aceitei”, afirmou ao blog. “A vontade do sócio tem que ser respeitada. Isso (o vencedor das eleições pelos votos dos associados não ser confirmado presidente pelo Conselho) nunca aconteceu”, declarou.
Horta chegou a se lançar candidato pela chapa Mudança com Segurança, mas desistiu da disputa no meio do pleito de novembro, passando a apoiar Brant.
Veja o comunicado de Horta abaixo:
Como funcionam as eleições no Vasco e por que a polêmica dessa vez:
– os sócios votam em chapas num primeiro momento; a chapa vencedora indica 120 conselheiros para o Conselho Deliberativo; a derrota indica 30
– esses 150 conselheiros eleitos se reúnem com outros 150 conselheiros natos, que formam o colégio eleitoral de 300 votantes para eleger o presidente e outros cargos
– como na primeira fase das eleições as chapas já indicam quem será o presidente, a disputa no Conselho costuma ser uma mera formalidade, e o nome do líder da chapa é apenas confirmado pelos 300 conselheiros
– derrotada, a chapa de Eurico Miranda indicou 30 nomes para o Conselho, mas o atual mandatário anunciou que está fora da disputa
– com isso, o mais provável é que os votos sejam destinados em dua maioria a Brant e Campello, antes aliados
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