A Paraíso do Tuiuti definiu seu enredo para 2018. No próximo Carnaval, a escola de São Cristóvão vai falar sobre os 130 anos da Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil.
A Lei Imperial n.º 3.353 foi sancionada em 13 de maio de 1888, pela princesa regente Isabel, filha do imperador D. Pedro II, que na época estava viajando no exterior.
Em 2017, a escola ficou na última colocação, mas não caiu para a Série A – por decisão das escolas, não houve rebaixamento. O desfile da Tuiuti, sobre o Tropicalismo, acabou ficando marcado pelo acidente com um um dos seus carros alegóricos. Uma das vítimas, a radialista Elizabeth Joffe morreu no último sábado em decorrência de complicações nos ferimentos causados pelo acidente.
“Foi tudo ilusão?”
Em 1988, por ocasião do centenário da Lei Áurea, a Mangueira desfilou com o enredo “Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão?”, em que a escola jogava luz na condição do negro no Brasil naquele momento, tanto tempo após o fim da escravidão.
O samba de Alvinho, Jurandir e Hélio Turco é uma pancada histórica, um dos maiores de todos os tempos (um dos preferidos deste blogueiro).
“Será que já raiou a liberdade/Ou se foi tudo ilusão?/Será, que a lei Áurea tão sonhada/Há tanto tempo assinada/Não foi o fim da escravidão/Hoje dentro da realidade, onde está a liberdade/Onde está que ninguém viu”.
No mesmo ano, algumas escolas (não muitas, é verdade) levaram para a Marquês de Sapucaí enredos co temática afro. Mas uma delas acabou campeã: a Vila Isabel, com o antológico “Kizomba” (que inclusive vai virar filme; assista ao teaser). A Manga ficou com o vice-campeonato.
Bom, espero que o enredo conte que, a Lei Áurea foi promulgada em função do sistema de escravidão se tornar anti econômico.