Beija-Flor fará auto-homenagem em enredo para comemorar seus 70 anos

Icônica imagem do Cristo Mendigo coberto pela censura religiosa, no desfile de 1989 da Beija-Flor – Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

A Beija-Flor vai usar seu aniversário de 70 anos, comemorado no próximo dia 25 de dezembro, para falar de si mesma no Carnaval de 2019.

Com  “Quem não viu vai ver… As fábulas do Beija-Flor”, a atual campeã relembrará três carnavais considerados clássicos: 1989, 2003 e 2005.

O primeiro deles é o lendário “Ratos e urubus, larguem a minha fantasia”, assinado por Joãosinho Trinta, que levou para a Sapucaí alas inteiras formadas por componentes maltrapilhos e um Cristo Mendigo – este censurado após ordem da Justiça, em ação da Cúria, o obrigado a desfilar coberto. Ainda assim, promoveu o nascimento de uma das imagens mais fortes da história do Carnaval, mesmo sem o título, que ficou com a Imperatriz.

Diferente do de 2003, “O povo conta sua história: saco vazio não para em pé, a mão que faz a guerra, faz a paz”, primeiro título do tri, sobre o combate à fome. Isso nos primeiros meses do governo Lula, que assumiu tendo como principal projeto o Fome Zero. Um dos carros trouxe uma grande escultura do presidente.

O outro desfile lembrado será o de 2005, “Em nome do pai, do filho a Beija-Flor é Guarani”, enredo sobre história das missões dos jesuítas no Rio Grande do Sul, que contou inclusive com patrocínio do governo do estado.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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