Barracões são liberados, mas Ministério do Trabalho quer compromisso das escolas por mais melhorias em 2018

Cidade do Samba, em foto de arquivo – Divulgação

Os barracões da Cidade do Samba começaram a ser reabertos nesta quarta-feira, após pouco mais de um mês de interdição por ordem da Superintendência do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro. (Saiba mais aqui) Uma reunião, prevista para a próxima semana, deve colocar um ponto final no episódio, mas também preparar o campo para mais melhorias em 2018.

Até as 15h, Mocidade, Salgueiro e Beija-Flor já tinham sido liberadas pelos auditores. Na sequência seriam Vila Isabel e Unidos da Tijuca, pela previsão da Superintendência. A expectativa é que até sexta-feira todos os barracões sejam desinterditados.

Segundo informações da Superintendência, as escolas já atenderam 99% das exigências, e já podem voltar a trabalhar para o Carnaval 2018, faltando 79 dias para o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio, no dia 11 de fevereiro.

A parte elétrica, considerada a mais importante, já foi resolvida.

“A gente tem certeza que liberação não vai trazer problema aos trabalhadores do local. Se nossas auditoras liberaram, é porque não há risco”, disse o superientende do Ministério do Trabalho, Adriano Bernardo, ao Setor 1.

Compromisso

No entanto, o Ministério do Trabalho entende que ainda há deficiências. Por isso a iniciativa do encontro entre as partes interessadas na segunda-feira (ou terça, a data ainda não está definida).

A ideia, diz Bernardo, é reunir Ministério Público do Rio, Corpo de Bombeiros, Riotur, Liesa e a própria Superintendência para formular um termo de compromisso, como uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), com medidas para aprimorar as condições de trabalho na Cidade do Samba a partir de 2018. A missão é resolver um problema antigo de algumas agremiações: a segurança precária para os operários nos barracões.

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O superintende, há 22 dias no cargo, disse ao Setor 1 que é próximo do Carnaval e que assumiu disposto a resolver o problema, sem impactar ainda mais o atraso nos trabalhos para os desfiles. “Minha missão era mediar o conflito e dar a solução adequada para todas as partes”, declarou Bernardo, que fala com orgulho do bairro onde foi criado, Cavalcanti. “Terra da Em Cima da Hora”, disse, citando a escola de samba.

Comemoração

A presidente do Salgueiro, Regina Celi, festejou a liberação do barracão da escola.

“Não medimos esforços para atender a todas as exigências, conforme solicitado. Vamos fazer nosso Carnaval da melhor maneira possível, sem pensar no que passou. Temos pouco tempo e daremos nosso melhor, mais uma vez”, disse.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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