Homenageado pelo Paraíso do Tuiuti no desfile desta segunda-feira de Carnaval, Mestre Damasceno era pura emoção momentos antes de cruzar a Marquês de Sapucaí, na abertura do segundo dia do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Cego desde os 19 anos, o multi artista da Ilha de Marajó, no Pará, conheceu partes das alegorias da escola pelo toque.
“Peguei na tartaruga e no búfalo, achei tudo muito lindo”, disse Mestre Damasceno, que diz vir ao Rio para espalhar a cultura paraense e búfalo-bumbá, criação sua.
“Eu moro muito longe, em Salvaterra, venho de comunidade quilombola, mas não poderia deixar de vir. Tenho que mostrar o búfalo para o mundo”, discursa o artista, autor de mais de 400 músicas de vários estilos, principalmente toadas e carimbós.
Damasceno desfilou no último carro do Tuiuti, cujo enredo foi “O Mogangueiro da Cara Preta”, assinado pelos carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo.
Salvaterra
não poderia deixar de vir
agradeço pelo convite
muito difícil pra distância que eu estou da Marquês de Sapucaí
68 anos
enlouquecer o rio depoisndo Pará
Pwgaram na fartura nos búfalos, cada búfalo bonito
tartaryluga
eunvi quabdo era bom da vista
eu tinha que mostrar o búfalo pro mundo.
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