Seis escolas escolhem seus sambas esta semana; ouça

Seis escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro escolheram seus sambas-enredo para o Carnaval 2020 desde a última quinta-feira, 10.

A primeira foi a Beija-Flor, na quinta. Na sexta, Portela e Salgueiro realizaram suas finais. No sábado, Mangueira, União da Ilha e Estácio de Sá fizeram suas escolhas.

Ouça abaixo:

Beija-Flor
Quinta-Feira, 10 de outubro

A Deus da Passarela elegeu o samba da parceria de Magal Clareou, que superou outras duas obras. Ouça:

MAGAL CLAREOU, THIAGO SOARES, DIOGO ROSA, JULIO ASSIS, JEAN COSTA, DARIO JR

Portela
Sexta-Feira, 11 de outubro

A Águia elegeu o samba da parceria de Valtinho Botafogo, campeã em 2019 também. A letra, sobre os índios que habitavam o Rio de Janeiro antes da chegada dos portugueses, tem trecho que pode ser interpretado como menções indiretas ao prefeito Marcelo Crivella e ao presidente Jair Bolsonaro: “Nossa aldeia é sem partido ou facção/Não tem bispo, nem se curva a capitão”. Ouça:

Valtinho Botafogo, Rogério Lobo, José Carlos, Zé Miranda, Beto Aquino, Pecê Ribeiro, D´Sousa e Araguaci

Salgueiro
Sexta-Feira, 11 de outubro

Na escola tijucana, Marcelo Motta conquistou o bicampeonato, com oito vitórias no total. Ouça:

Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga do Salgueiro, Getúlio Coelho, Ricardo Neves, Francisco Aquino

Estácio de Sá
Sábado, 12 de outubro

A escola anunciou que fará uma junção de duas obras, das parcerias de Edson Marinho e Carioca e Guanabara. A versão deve ser divulgada esta semana.

Edson Marinho, Jorge Xavier, Júlio Alves, Ivan Ribeiro, Jaílton Russo e Dudu Muller
Carioca e Guanabara

Mangueira
Sábado, 12 de outubro

Manu da Cuíca, em parceria com Luiz Carlos Máximo, faturou o bicampeonato com um samba sobre Jesus da Mangueira. “Favela, pega a visão/Não tem futuro sem partilha/Nem Messias de arma na mão”, diz trecho da letra, em referência ao presidente Jair Messias Bolsonaro. É dela o samba antológico de 2019, sobre os heróis ignorados pela história oficial.

Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo

União da Ilha
Sábado, 12 de outubro

Márcio André foi o campeão eleito pelos insulanos, com um samba sobre a dificuldade da vida nas favelas e a bravura dos moradores das comunidades.

Márcio André, Márcio André Filho, Rafael Prates, J Alves, Daniel, Marinho
CARLINHOS FUZILEIRO, FELIPE MUSSILI, ROGER LINHARES, BIGODE, GERALDO M. FELICIO, FERNANDO MIRANDA, MARCÃO SILVA E SDNEY MYNGAL.

Errata: Na primeira versão do texto, o Setor 1 disse equivocadamente que o nome do compositor do Salgueiro é Daniel Gonzaga; o correto é Antonio Gonzaga. E a final da União da Ilha terá quatro sambas concorrentes, e não três. A parceria de Tuninho Z-10 foi incluída. O blog pede desculpas.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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