Na comemoração do 14º título da Beija-Flor, nesta quarta-feira, na Praça da Apoteose, o diretor de Carnaval da escola, Laíla, fez vários desabafos aos jornalistas. Em todos, o alvo era o racha entre os membros da cúpula da agremiação, ocorrido após a ascensão de Gabriel David, filho de Anísio, na administração da escola.
“Gabriel é meu amigo, mas ele precisa ser conduzido para o caminho correto. Ele precisa entender que administrar finanças é coisa, e administrar Carnaval é outra”, declarou Laíla após a apuração.
Mais influente nas decisões da escola desde o último ano, David deu mais espaço para o coreógrafo Marcelo Misailidis, autor do enrendo contra a corrupção, desenvolver o desfile deste ano. A medida teria desagradado Laíla e outros membros da Comissão de Carnaval.
“O meu povo sofreu muito esse ano no barracão com determinadas atitudes. E eu fui homem para c… para segurar a onda e não deixar entrar em crise”, disse, quase aos berros e com palavrões, ao descer do palco.
“Foi uma vitória da comunidade. Ela ganha sempre”, discursou Laíla, que cogitou até deixar a escola, como fez em outras oportunidades. O diretor já feito ameaça semelhante recentemente, quando o então presidente da agremiação, Farid Abrahão David, admitiu a possibilidade de fazer um enredo sobre Ronaldo Fenômeno.
“Se eu não sirvo mais, vou ajudar o Jayder (Soares, presidente de honra da Grande Rio). O Anísio (presidente de honra da Beija-Flor precisa rever alguns detalhes, mas, se não mudar, vou para o segundo grupo com a Grande Rio. Vou ter liberdade pra trabalhar”, disse à Rádio Arquibancada.
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