A fotógrafa Lúcia Mello, uma das vítimas do atropelamento pelo carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, no Carnaval deste ano, recebeu alta hospitalar na tarde desta terça-feira. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Lúcia, de 56 anos, estava internada no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, onde permaneceu nos últimos quatro meses e passou por várias cirurgias. Ela sofreu fratura exposta no acidente, ocorrido no dia 26 de fevereiro, domingo de Carnaval. A Tuiuti abriu o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial.
A fotógrafa fará o restante do tratamento em casa antes de passar por mais uma cirurgia.
Em abril, Lúcia deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi transferida para um quarto. Em fins de maio, ela apresentou piora no quadro de saúde, mas se recuperou. Ela era a última vítima do acidente ainda em recuperação no hospital.
Outra vítima grave do acidente, a radialista Elizabeth Joffe morreu no fim de abril, por complicações decorrentes dos ferimentos.
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Relembre
O acidente da Tuiuti foi uma das ocorrências sérias com carros alegóricos no Carnaval do Rio. Polícia Civil indiciou quatro pessoas envolvidas no acidente, todas acusadas de negligência, imprudência e imperícia. Lúcia Mello e Elizabeth Joffe ficaram em estado grave.
O último carro da escola entrou desgovernado na Marquês de Sapucaí. Ao fazer uma manobra, atropelou pessoas que estavam em frente ao Setor 1 do Sambódromo e imprensou outras contra a grade.
Em outro acidente, uma plataforma de um carro da Unidos da Tijuca despencou, no dia 28 de fevereiro, segundo dia de desfiles do Grupo Especial, deixando 12 pessoas feridas. Algumas vítimas processaram a escola e a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa).
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) instaurou inquérito civil para cobrar melhorias na segurança nos desfiles. Liesa, Corpo de Bombeiros do Rio, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ) e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estão entre os órgãos alvos de questionamentos do MP-RJ.
A expectativa é que os acidentes mudem o Carnaval do Rio. Em entrevista ao Setor 1, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, disse que a distribuição de credenciais ficará restrita, visando a redução do número de pessoas circulando na entrada da avenida. A pista, garante Alves, será tratada como palco. “E no palco só entram os artistas”, disse.
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