Samba da Tuiuti combate o maior mal da humanidade, que é a escravidão, diz compositor

Parceria do samba da Tuiuti de 2018 – Divulgação/Paraíso do Tuiuti

Um dos vencedores do Ranking Setor 1 do Grupo Especial do Rio, o samba-enredo da Paraíso do Tuiuti de 2018 servirá como trilha sonora de um desfile que promete ser um dos mais críticos do ano. A Tuiuti levará para o Sambódromo o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, assinado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. O gancho são os 130 anos da assinatura da Lei Áurea, e a ideia é fazer um questionamento sobre a situação do negro tanto tempo depois. O título do enredo já entrega parte da bola que o carnavalesco vai levantar.

“É um samba lindo e poético. Samba que extrapola todos os limites possíveis. Ele combate o maior mal da humanidade que é a escravidão”, diz Aníbal, um dos integrantes da parceria que compôs o samba.

O hino de 2018 é uma obra encomendada. O escolha da escola, de não realizar disputa entre parcerias, divide opiniões na comunidade do Carnaval. Dona Zezé, integrante do time de compositores que conta ainda com Claudio Russo, Moacyr Luz e Jurandir, comentou.

“O presidente (Renato Thor) foi muito feliz nessa ideia de juntar os mais velhos da casa e compor um único samba. Saiu uma grande obra e tenho certeza que será um belo carnaval também”, disse.

“O único convidado foi o Moacyr Luz, um gênio que veio auxiliar a gente. Os demais têm raiz, têm história no Paraíso do Tuiuti. Foi muito prazeroso compor esse samba”, destaca Claudio Russo.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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