Alvo de críticas por parte da Grande Rio logo após a apuração, uma questão polêmica envolvendo as notas da escola em Alegorias e Adereços acabou se confirmando com a divulgação das justificativas nesta segunda-feira. Conforme previa-se, parte dos julgadores do quesito despontuou a agremiação por causa da ausência no desfile do carro 6, o último, que não desfilou porque quebrou ainda na concentração.
No entanto, o Manual do Julgador não prevê que o jurado avalie a quantidade de alegorias, mas somente o que viu passar pelo Sambódromo. Diz o texto do manual: “Para conceder notas de 9,0 à 10,0 pontos, o Julgador deverá considerar: o julgamento apenas das alegorias e/ou adereços apresentados em desfile”.
Dos quatro jurados do quesito, apenas um, Rebeca Kaiser, que deu nota 9.8, não cita a alegoria que não foi apresentada. Os outros três – Soter Bentes (9.9), Madson Oliveira (9.8) e Teresa Piva (9.9) mencionam o carro 6, e como a ausência prejudicou o desfile.
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Ainda pelo Manual, cabe ao julgador de Enredo tirar pontos caso alguma alegoria não seja apresentada, o que, em tese, contribui para o entendimento da proposta. E todos os quatro jurados – Artur Nunes Gomes (9.7), Johnny Soares (9.6), Pérsio Gomyde Brasil (9.7) e Marcelo Antônio Masô (9.8) – justificam suas notas citando também o problema no último setor, que falava da origem pernambucana de Chacrinha, homenageado no desfile.
A Grande Rio acabou perdendo quatro décimos somente em Alegorias, já contando o desconto da menor nota, e terminou na penúltima colocação. Mas não precisará fazer qualquer reclamação junto à Liesa, já que foi poupada do rebaixamento após uma virada de mesa promovida com o apoio de pelo menos nove escolas e quatro políticos de peso do Rio de Janeiro – entre eles o próprio prefeito Marcelo Crivella.
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