Após mais um corte na verba da prefeitura para as escolas de samba – agora de R$ 1 milhão para R$ 500 mil -, tem agremiação que não conta mais com os recursos para o próximo Carnaval. É o caso da São Clemente.
“Se eu dependesse estaria morto”, disse o presidente da escola, Renato Almeida Gomes ao Setor 1 nesta segunda-feira, antes do desfile da escola na Marquês de Sapucaí.
“Ninguém mais deve contar com esse dinheiro”, completou.
Segundo o dirigente, a agremiação poderia ficar com uma dívida milionária, não fosse o patrocínio da Light, via renúncia fiscal do governo do Rio.
“A gente ficaria com R$ 1,5 milhão ‘pendurado'”, declarou Renatinho, como é conhecido, sobre os R$ 15 milhões de ajuda da companhia de eletricidade, a serem divididos entre as 14 escolas do Grupo Especial, anunciados a poucos dias dos desfiles.
“Se ele [prefeito Marcelo Crivella] avisasse em junho ou julho, daria tempo de mudar o projeto. Se não tem, não tem. Depois fica complicado”, declarou.
A São Clemente é a primeira escola a desfilar nesta segunda-feira, segundo dia de apresentações do Grupo Especial, com o enredo “E o samba sambou”, reedição de 1990, sobre os rumos do Carnaval.
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